O segundo corpo encontrado na região do Vale do Javari, no oeste do Amazonas, é o do indigenista Bruno Pereira de 41 anos, comunicado ontem à Polícia Federal. A identidade do jornalista britânico Dom Phillips, de 57, já havia sido confirmada anteontem. Segundo peritos do Instituto Nacional de Criminalística de Brasília, o repórter e o servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) foram assassinados a tiros de arma usada para caça.
Pereira foi baleado três vezes, uma vez na cabeça e duas vezes, e Phillips uma vez, no peito. Em nota, a PF afirmou que a morte do indigenismo/tiro o abdômen e que os disparos, “com munição típica de caça” e que os tiros, “tóra )”. Já o jornalista britânico, ainda segundo a corporação, sofreu “traumatismo toracoabdominal por disparo de arma de fogo com munição típica de caça, com vários balins, ocasionando danos principalmente sediadas na região abdominal e torácica (1 tiro)”.
Comparações entre exames odontológicos contratados pela família de Pereira arcada dentária recolhida pelos encarregados e preservada a identidade do indigenista. O mesmo procedimento foi usado na identificação do repórter. No caso, houve ainda uma análise de métodos digitais e características físicas, conhecidas como antropologia para antropologia. “Não existem indicativos da presença de outras pessoas em meio ao material que passa por exames”, afirma o comunicado da PF.
SUSPEITO. O terceiro de envolvimento suspeito no envolvimento do indigenista e do repórter se reencontrará hoje à Polícia Civil do Amazonas. Jeferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, é apontado como alguém que participou do duplo homicídio e na participação dos corpos. Ele se apresentou por volta das 6h na Delegacia de Atalaia do Norte.
Lima estava com prisão decretada pela Justiça desde anteontem e era considerada foragido. De acordo com o delgado Alex Perez, uma equipe de policiais esteve ontem em endereço ligado ao suspeito e pediu a parentes que o convencessem a entregar. Já estavam presos o pescador Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, que confessou o crime, e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos Santos”. Todos tiveram uma prisão preventiva decretada pela Justiça do Amazonas por 30 dias.
MOTOCIATA. Em passagem por Manaus ontem, o presidente Jair Bolsonaro participou de uma motociata e foi a um ato evangélico. Ele não falou sobre o assassinato de Pereira e de Phillips e tratou, em discurso, da produção de motos, da Zona Franca de Manaus e de pautas de costumes.
Rayssa Motta, Fausto Macedo, Vinícius Valfré, enviado especial a Atalaia do Norte (AM), e Alisson Castro, de Manaus
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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