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Cientistas de Helsinque, na Finlândia, estudam como o hábito de cantar pode contribuir com a reabilitação de pessoas com afasia, como o ator Bruce Willis, e na prevenção de doenças que levam à queda das funções cognitivas. A afasia é uma condição que afeta as habilidades de comunicação dos pacientes após uma série de lesões cerebrais, como o derrame, por exemplo.
Apesar das dificuldades, a terapia de entonação melódica tem apresentado bons resultados para esses pacientes. Cantando as palavras ao invés de dizê-las, parte dos indivíduos consegue se comunicar melhor.
O professor Teppo Särkämö, coordenador do projeto Premus, criou um coral de idosos voltado para o tratamento de pacientes com afasia e familiares que se dedicam aos seus cuidados para o estudo. O grupo de pesquisa também realizou uma série de ressonâncias magnéticas funcionais (fMRI) dos cérebros dos participantes e de pessoas jovens, de meia-idade e idosos que cantam em corais, para comparar os dados.
Os resultados mostraram que as redes cerebrais envolvidas no canto sofrem menos alterações do que as responsáveis pela fala com o passar dos anos.
Em entrevista ao jornal El País, Särkämö explicou que, quando uma pessoa canta, os sistemas frontal e parietal do cérebro são ativados e mais recursos motores e cognitivos associados ao controle verbal e funções executivas são utilizados. Esses dois sistemas são responsáveis por regular o comportamento.
Além disso, os membros do coral conseguiram alcançar melhores resultados em testes neuropsicológicos, relataram menos dificuldades cognitivas e demonstraram maior integração social. Testes com eletroencefalogramas indicaram que eles possuíam ainda melhor capacidade de processamento auditivo, que lhes permite combinar informações sobre tom nas regiões frontotemporais do cérebro.
O estudo mostrou ainda que a interação social associada ao canto em coral também pode atrasar o início da demência.

O Parkinson, o Alzheimer e a demência são doenças neurodegenerativas que afetam principalmente a população idosa. As condições são progressivas e, com o passar do tempo, o paciente torna-se mais dependente do cuidado de terceirosGetty Images

É comum que, no estágio inicial, os sintomas sejam confundidos com o processo natural do envelhecimento. No entanto, familiares e pessoas próximas devem ficar atentas aos sinais Getty Images

Também é importante buscar ajuda de médicos, pois quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de controlar o caso e retardar o avanço das doenças, bem como aumentar a qualidade de vida dos pacientesDivulgação

O Parkinson provoca a morte de neurônios que produzem dopamina e desempenham papel importante no sistema locomotor. Os homens são os mais acometidosPixabay

Os familiares do paciente devem ficar atentos aos primeiros sinais de lentidão, rigidez muscular e tremores frequentes, que são mais característicos desta condiçãoPixabay

O Alzheimer, por sua vez, afeta mais a população feminina. Ele provoca a degeneração e a morte de neurônios, o que resulta na alteração progressiva das funções cerebraisPixabay

As consequências mais recorrentes são o comprometimento da memória, do comportamento, do pensamento e da capacidade de aprendizagemPixabay

A demência é progressiva e os sintomas iniciais bastante conhecidos: perda de memória e confusão são os mais comuns. A condição atinge até 25% das pessoas com mais de 85 anos no BrasilPixabay

Problemas na fala e dificuldade em tomar decisões também estão entre os sinais. Porém, há outros indícios sutis que podem alertar para o desenvolvimento de alguns tipos de doenças degenerativas Pixabay

Problemas de visão: um estudo feito no Reino Unido pela UK Biobank mostra que pessoas com degeneração macular relacionada à idade têm 25% mais chance de ter demênciaPixabay

Perda auditiva: pode estar ligada a mudanças celulares no cérebro. Mas a perda de visão e audição pode levar o idoso ao isolamento social, que é conhecido há anos como um fator de risco para Alzheimer e outras formas de demênciaAgência Brasil

Mudanças de humor: pessoas com quadros iniciais de demência param de achar piadas engraçadas ou não entendem situações que costumavam achar divertidas e podem ter dificuldade de entender sarcasmo Pixabay

Problemas na gengiva: pesquisas apontam que a saúde bucal está relacionada a problemas mentais e pode estar ligada também à diabetes tipo 2, pressão alta, colesterol alto, obesidade e alcoolismo — todos também são fatores de risco para a demênciaReprodução

Isolamento social: o sintoma pode aumentar o risco de doenças neurodegenerativas. A falta de paciência com amigos e familiares e a preferência por ficar sozinho podem ser sinais de problemas químicos no cérebro ou falta de vitaminasPixabay

Outros sinais que podem indicar doenças neurodegenerativas, são: desinteresse pelas atividades habituais, dificuldade em executar tarefas do dia-a-dia, repetir conversas ou tarefas, Desorientação em locais conhecidos e dificuldade de memorizaçãoPixabay
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“Em última análise, o objetivo do nosso trabalho com pessoas com afasia é usar o canto como uma ferramenta para exercitar a produção da fala e eventualmente comunicar-se sem a necessidade de cantar. No entanto, nos corais estamos vendo o efeito que essa intervenção tem no dia a dia das pessoas como uma ferramenta essencial de comunicação”, diz o pesquisador.
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