
Os lançamentos apresentados a alta de 2,2% entre janeiro e março disponibilização de 26,9 mil unidades entre 18 associados (Crédito: Edilson Dantas/Agência O Globo)
O mercado imobiliário segue como um dos protagonistas da recuperação econômica do Brasil. E nem mesmo a alta acumulada da inflação (de 11,73% nos últimos 12 meses) e o aumento da taxa básica de juros em 2022 – a Selic, utilizada como base para financiamentos, chegou a 13,25% desde o ano, maior patamar dezembro de 2016 (13,75%) – aparentemente minar o sonho da casa própria. E isso fica nos resultados divulgados pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), após a pesquisa com 18 evidências associadas, em parceria com a Fundação Instituto de Pequisas Econômicas (Fipe). O número de novos imóveis comerciais no País aumentou 6,2% no primeiro trimestre na comparação anual. Ao todo, foram vendidas 36,9 mil unidades.
Os segmentos de médio e alto padrão continuam em ampla expansão e com intervalo de alta de 109% no volume de imóveis comercializados no trimestre em relação ao mesmo de 2021, com 9,5 mil unidades. Já as vendas no programa Casa Verde e Amarela registraram queda de 9%, para 26,9 mil.
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Os lançamentos, a exemplo das vendas, mantêm uma tendência de alta e avançaram 2,2% entre janeiro e março, chegando a 26,9 mil unidades novas, ante as 26,3 mil lançadas no mesmo21. e alto padrão seguiram em crescimento, de 35,6%, com a chegada de 10 mil unidades ao mercado. No mesmo período, os lançamentos do programa Casa Verde e Amarela totalizaram 16,9 mil unidades, com redução de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. A redução no segmento pode estar relacionada a três fatores principais: aumento do preço e dos materiais da construção civil; falta de confiança dos empresários e incorporadoras para lançamentos; e queda do poder aquisitivo das famílias.

Considerados os últimos 12 meses, encerrados em março, o número de unidades lançadas subiu 20,1%, antes do mesmo período de 2021, e totalizou 154,3 mil imóveis. As vendas realizadas entre abril do ano passado e o último mês de março também superaram as ocorridas no intervalo anterior em 0,7%, com 145,7 mil unidades comercializadas.
Para o executivo Luiz França, presidente da Abrainc, Luiz França, as vendas e os lançamentos mostraram um bom comportamento no primeiro trimestre. “O vê a compra do imóvel como uma forma de proteger a parte do patrimônio brasileiro da alta inflacionária, assim como obter ganhos reais no prazo”, afirmou. Segundo ele, os empreendimentos atraem cada vez mais compradores e investidores, que veem maior neles em relação às aplicações financeiras tradicionais. “Isso explica o fato de uma pesquisa recente Brain, em pesquisa feita com a Abrainc, que 34% dos dados de consultoria recentes têm a intenção de comprar imóveis nos próximos 12 anos de parceria.”
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