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Após a pausa para o feriado de Corpus Christi, as negociações do Tesouro Direto foram retomadas nesta sexta-feira (17) e as taxas dos títulos públicos prefixados avançam até 12 pontos-base, repercutindo a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Nesta quarta-feira (15), o Copom elevou, a taxa Selic em um 0,5 ponto percentual, passando de 12,75% para 13,25%. Com isso, a taxa básica de juros atingiu o seu maior patamar desde dezembro de 2016 e com uma alta pela 11ª vez seguida.
A decisão da instituição monetária brasileira foi em linha com as projeções do mercado, que precificava uma alta desta magnitude em meio ao ambiente inflacionário ainda desafiador.
Na avaliação de Idean Alves, sócio e chefe da mesa de operações de renda variável da Ação Brasil, o mais importante a observar é que o Copom deixou a porta aberta para novas altas mais “suaves”, não ignorando os riscos iminentes da inflação elevada.
Para ele, é difícil imaginar que o problema da inflação seja resolvido no curto prazo e sem a geração de uma recessão nos próximos semestres.
“Temos o custo do desemprego, atividade econômica deprimida, inflação galopante, o que pode levar a um período maior de reajustes, ainda que mais suaves”, reflete.
Segundo Alves, os títulos prefixados passam a ficar interessantes nesse cenário, pois a inclinação da curva de juros futuros mostra que o mercado já está precificando potencial queda da taxa Selic no curto prazo.
Na visão do analista, os títulos indexados à inflação não estão menos interessantes. Ele explica que, à medida que a inflação caminhe para o centro da meta, a tendência é que as boas taxas de hoje comecem a reduzir.
“Assim como os títulos prefixados, os papéis indexados à inflação mostram taxas bem relevantes para a construção de patrimônio”, finaliza.
Confira os preços e as taxas de todos os títulos públicos disponíveis para compra no Tesouro Direto na manhã desta sexta-feira (17):

Radar externo
O Banco do Japão (BoJ) decidiu deixar seus juros ultrabaixos inalterados, confirmando que não seguirá outros grandes bancos centrais, como o Federal Reserve (Fed), dos EUA, e o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), no aperto da política monetária.
Após reunião de dois dias concluída nesta sexta-feira, o BC japonês manteve sua taxa de juros para depósitos em -0,1% e a meta para o rendimento do bônus do governo do Japão (JGB) de dez anos em torno de 0%. Na expectativa do BoJ, os juros de curto e longo prazos irão se manter nos níveis atuais ou menores.
A moeda japonesa, o iene, vem operando perto dos menores níveis desde 1998, em meio à divergência das políticas monetárias do Japão e dos EUA.
Na tarde desta quarta-feira (15), O Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) elevou os juros em 0,75 ponto percentual, para uma faixa de 1,5% a 1,75%, como passou a ser majoritariamente esperado pelo mercado desde que os dados de inflação ao consumidor de maio surpreenderam o mercado na sexta-feira passada. Este foi o primeiro aumento dessa magnitude – e também o maior – desde 1994.
A votação para o aumento de juros contou com dez votos a favor e apenas um contra. Esther George, presidente do Fed de Kansas City, discordou da maioria ao votar a favor de um aumento de meio ponto percentual.
Segundo os integrantes do comitê de política monetária, os ganhos de salários foram robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. Já a inflação permanece elevada, refletindo desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de energia e pressões mais amplas sobre os preços, apontou o comitê.
Na zona do euro, a taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) atingiu nova máxima histórica de 8,1% em maio, ao acelerar de 7,4% em abril, segundo dados finais divulgados nesta sexta-feira pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O resultado de maio confirmou a leitura preliminar e veio em linha com a expectativa de analistas consultados pelo The Wall Street Journal.
O CPI recorde, que segue influenciado pelos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia, pressiona o Banco Central Europeu (BCE) a apertar sua política monetária.
A meta de inflação do BCE é de 2%. Na semana passada, o BCE preparou o terreno para começar a elevar juros a partir de julho.
Em relação a abril, o CPI da zona do euro avançou 0,8% em maio, em linha com o consenso do mercado.
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