Rio de Janeiro – UMA Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) anunciou nesta semana que não tem dinheiro para funcionar nos próximos meses. Segundo a instituição, a verba para serviços básicos termina em agosto.
Como já indicado em reportagens do Metrópoles em janeiro deste ano, o orçamento para 2022 era insuficiente para garantir o pleno funcionamento da universidade. À época, o vice-reitor da instituição, Carlos Frederico Leão Rocha, definiu a situação da UFRJ como “preocupante”.
Agora, na última quarta-feira 15/6, a universidade atingiu uma nota pública alegando o impacto dos orçamentários.
“A UFRJ do governo federal a notícia de um recebido de R$ 3,2 bilhões na verba discricionária das universidades e institutos científicos apoiados. Após pressão dos segmentos do setor, no dia 3/6 o Ministério da Educação anunciou que o valor seria de R$ 1,6 bilhão”, disse trecho.
Com isso, a reitora da universidade, Denise Pires de Carvalho, afirmou que só terá dinheiro para arcar com os custos dos serviços básicos – água, luz, segurança e limpeza até agosto. Segundo ela, as obras de manutenção e combate a incêndios também serão paralisadas.
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Cortes orçamentários
Com um orçamento inicial de R$ 317 milhões para o ano de 2022, tendo chance de cair ainda mais, a UFRJ afirma que, no mínimo, R$ 390 milhões para um funcionamento adequado.
“É um orçamento muito aquém do que a UFRJ precisa”, afirmou o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças da instituição, Eduardo Raupp, no documento.
“Na discussão do orçamento do ano passado, reivindicávamos, pelo menos, o orçamento de 2019 corrigido pela inflação – o que corresponderia a cerca de R$ 374 milhões. A estimativa é de que o orçamento discricionário mínimo para a UFRJ está entre R$ 390 e 400 milhões para o funcionamento adequado, e estamos, provavelmente, ficando com um orçamento com quase R$ 100 abaixo desse valor”, completou.
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