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O Grupo Rão, maior empresa de delivery do Brasil, vive uma guerra em sua cúpula. O dono, o empresário Guilherme Lemos, está sendo acusado por um ex-sócio de propositalmente prejudicá-lo financeiramente. Na ação apresentada à Justiça do Rio de Janeiro, Leiroz, que foi um dos idealizadores do Rau-Au, seguimento de pets do Grupo Rão, alega que, após usar sua expertise para a criação do negócio, Lemos quis tirá-lo da sociedade, apresentou outro sócio para substituí-lo, e se recusa a pagar o valor atual de sua participação na sociedade.
Em dezembro de 2021, Leiroz foi comunicado do fim da sociedade por Lemos, que alegou que o Rau-Au estava com um prejuízo milionário. O empresário, contudo, não aceitou o fim da sociedade, uma vez que, segundo constam nos autos do processo, cinco unidades do pet-shop já haviam sido vendidas e outras estavam reservadas, num indicativo do potencial de crescimento e lucro do negócio.
Mesmo sem a saída de Leiroz da sociedade, o dono do Grupo Rão, segundo a ação ajuizada no TJRJ, privou o idealizador do Rau-Au de receber qualquer informação sobre o negócio e de participar da tomada de decisões. Em janeiro de 2022, Lemos apresentou um novo sócio aos franqueados da Rau-Au, a empresa Clube do Totó, e disse que o modelo do seguimento, implementado por Leiroz, seria modificado, o que, segundo a defesa do empresário, não foi feito.
O empresário também acusou Lemos de confusão patrimonial, por ter, segundo ele, desviado dinheiro da Rau-Au para pagar despesas de outros negócios do Grupo Rão. As transações financeiras, que somaram R$ 340 mil, ocorreram sem conhecimento e permissão do empresário.
Lemos e Leiroz não chegaram a negociar acordos processuais, uma vez que, segundo o advogado Marcio Lobianco, responsável pela defesa de Leiroz, o Grupo Rão alega que irá encerrar todas as operações do Rau-Au.
A coluna procurou o Grupo Rão e sua assessoria jurídica mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem. O espaço está aberto para manifestações.
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