De acordo com os especialistas, um olhar, um perfume especial de tratar ou de cativar podem despertar a paixão em uma pessoa. E a partir disso rolar “a química”, com certeza, uma enxurrada de sentimentos virá, com direito a música romântica, ansiedade, nervosismo, suspiros e vontade de estar juntos.
Mas qual é a diferença entre paixão e amor? Esse é um tema bastante explorador de músicas. De acordo com Zezé Di Camargo e Luciano, o amor mexe com a cabeça das pessoas. Já Arlindo Cruz diz que “se pergunte o que é o amor pra mim, não sei responder, não sei explicar, mas sei que o amor nasceu dentro de mim”.
Como cada pessoa pode ter uma visão sobre esses dois sentimentos, a ciência e a filosofia têm uma preocupação entre paixão e amor. De acordo com o psiquiatra Alisson Marques Teixeira, especialista em estudo do comportamento e da afetividade, a paixão vai embora, já o amor permanece.
Segundo a ciência mostra, quando se conhece uma pessoa interessante, o corpo responde com e neurotransmissores. Então, com a liberação de adrenalina, vem a ansiedade, a tensão, o suor nas, o coração acelerado.
“Isso acontece porque se está diante de algo novo, e a cabeça interpreta como algo perigoso, dizendo que é preciso estar vigilante”, explicou Alisson.
Depois da adrenalina vem a dopamina, que está relacionada com o prazer. “Toda vez que tenho o estímulo de uma boa conversa, uma boa companhia ou a intenção física, a dopamina é liberada, dando uma sensação de prazer. Ela está relacionada à busca e à pessoa recompensada, à medida que você se distancia, há uma necessidade de recolhimento ou prazer a outra vez”, disse ele.
Segundo o psiquiatra, as primeiras emoções são súbitas, por isso pessoas de surpresa. E é esse momento que pode ser descrito como paixão. Enquanto o amor é bonito de três pontos. São eles: intimidade, paixão e decisão e vontade de estar juntos. Além disso, para o amor acontecer de verdade existe um detalhe fundamental, pois duas pessoas têm que estar próximas a esse sentimento.
“Amor se constrói. Para se sustentar, nesse lugar de amor, é preciso reviver os lugares vividos na paixão. Diante de um relacionamento o companheirismo, pelo parceiro também fazem toda a diferença”, pontuou Alisson.
Tipos de amor

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Além de questões neurobiológicas, o amor envolve um fenômeno social. Como aponta o psiquiatra, uma criança já nasce em uma sociedade onde esse conceito se aprende novo. Muitas vezes, esse conceito é passado de uma forma não verbal, ou seja, através de gestos e atitudes. Além disso, existem vários tipos de amor. Como por exemplo:
Amor pramático: que envolve o afeto, o companheirismo e tem como resultado relacionamentos duradouros;
Amortruísta: que envolve questões morais, sociais, e cristãs;
Amor passional: aquele relacionado com a paixão, o corpo físico, o sexo.
De acordo com a ciência, depois da relação sexual, o corpo libera o conhecido “hormônio do amor”, no caso, a oxitocina. Esse hormônio causa sensações boas. “Ela é liberada quando há orgasmo, por exemplo. Isso que após a relação, muita gente gosta de juntinho, abraçado ficar”, explicou Alisson.
Entretanto, quando o amor não é correspondido, os estímulos acabam, o prazer cai e a relação fica desinteressante. “O mais complexo do amor é que é muito difícil amar sozinho. Intimidade, paixão e decisão têm a ver com o outro. Se o casal não está alinhado em não fazer a mesma escolha se estabelecer o vínculo, que é o cerne do amor. Amar é uma decisão diária, que é o maior desafio”, pontuou ele.
Se complementar

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Na visão do psicoterapeuta e neurolinguista Fabrício Nogueira, paixão e amor se completam. “A paixão tem a ver com fogo, ímpeto, desejo, intensidade. Amor é segurança”, disse.
“Uma das maiores alegrias do ser humano é estar junto, é conectar-se. Boas amizades produzem um grupo de percepção de ser importante para alguém. Se isso é tão forte de amizade, imagine ao se conectar com mais relações, relacionamento, entrega, cumplicidade. O amor é como se fosse uma fase posterior à paixão. É como se a paixão fosse a força da conquista, o ímpeto, e o amor fosse o deleite. Amor tem tudo a ver com segurança. Por isso, é possível perceber o amor diminuir à medida que a pessoa passar a sentir-se mais insegura no relacionamento, com o passar dos anos”, explicou ele.
Tendo esse conceito em mente, Fabrício dá uma dica para quem está acreditando esse sentimento. “Apaixone-se, ame, e busque o máximo possível gerar segurança no seu parceiro. Aplicidade aliada à segurança faz o amor ser duradouro, e lembre-se sem aquela dose especial de picância da paixão”, destacou.
Invenção

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Mas será que o amor foi inventado? De acordo com Fabrício, como grandes a respeito dele na mitologia grega. Exemplo: “Teogonia”, obra de Hes pontuações por mundo, queíodo, ele da origem ao deus Eros encontrado amorosos.
“Esse deus era o que permitia ser humano tivesse essa construção, que vista à procriação, a continuidade das espécies. Eros, então, era aquela força pulsante, a paixão da meio homem, a mulher, qual os homens se sentiam, por aqueles que eram uns dos outros. Essa primeira perspectiva estava mais conectada com a paixão do que especificamente com o amor”, pontuou Fabrício.
Já com o cristianismo veio uma nova ideia do que representava o amor. “A terminologia, então, ganhou caráter do pudor e não do não erotismo, dos combinados, dos dotes”, lembra o especialista. Depois, conta o estudioso, em meados do primeiro milênio, houve a demonização da paixão e a consagração do amor. “Hoje, o processo é reverso, de revalorização da paixão e do amor”, concluiu o psiquiatra.
Fonte: G1
Imagens: G1
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