
O Banco Central elevou, em 0,5 ponto percentual, uma taxa básica de juros, dentro das expectativas dos economistas. A grande questão está do que o BC fará nas próximas reuniões (esperanças é de altas).
No comunicado, a entidade cita explicitamente um “novo ajuste”.
Ou seja, deveremos assistir em agosto uma nova manifestação, que pode ser “de igual ou menor magnitude”, de 50 pontos-base (bps) ou 2 (bps).
Na visão de Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentosa alta de 0,5% aa Selic foi correto e o ideal é deixar as portas abertas para um novo aumento residual.
“Talvez seja necessário, a partir da situação, um novo aumento, talvez num patamar menor, na faixa de 0,25%”, complementa. A próxima reunião do Copom está marcada para os dias 2 e 3 de agosto.
Marco Caruso, Banco Originalargumenta que o novo documento traz mudanças.
Do lado hawk – inclinado a entregar juros ainda mais altos – destacam-se:
- o ambiente externo com o consequente aumento da versão em risco “especialmente nos países emergentes”;
- os riscos fiscais, com especial inclusão em causas decorrentes das medidas tributárias, leia-se PLP 18 que limita o ICMS de alguns itens, fato que tende a reduzir a redução destes anos, mas elevá-la em 2023;
- a menção que a incerteza sobre as suas projeções de “cresceu desde a última.
“Juntando tudo, nos parece um documento consistente com o fim do ciclo na próxima reunião e, no linguajar do mercado, marginalmente dovish. Como todo fim de ciclo, quando os ajustes finos da autoridade ajustados se sobrepõem aos modelos e contas dos analistas, preferem aguardar uma ata para refinar o nosso cenário. Hoje, a priori, esperamos um terminal Selic de 13,75% ao ano”, conclui.
Para Alberto Ramos, economista-chefe da América Latina do Goldman Sachsnão há dúvida de que a orientação da política econômica já é altamente restritiva.
“Estamos agora de acordo com um estágio de ajuste fino final do ciclo”, completa.
Já Carlos Menez da Capital, diz que um gerenciamento de 2024 foi projetado para indicar que BC deve cortar juros no decorrer de 2023.
Fabio Guarda, gestor da Galápagos Capital, argumento que nesse cenário de atividade e mais ajuste do que o esperado, o BC indica a continuidade do ciclo mais próximo, um argumento para definir como próximo o ciclo em 0,50pp.
O que esperar do Ibovespa na sexta?
Fechado para o mercado na próxima quinta-feira (16) por conta do feriado de Corpus Chisti, economistas que conversarão com o Tempos de dinheiro disse que o Ibovespa não tem grandes chances de quedas bruscas, já que o tom do Banco Central e o equipamento fixado dentro do esperado.
“Ficou dentro do consenso. O impacto tente a pequeno para os mercados”, prevê João Savignon, economista da gestora Kínitro.
Já para Cristiane Quartaroli, economista do Banco Ourinvesto mercado deve se apegar a uma nova estratégia do BC em que ele fala de convergência da inflação ao redor da meta ao contrário exatamente na meta, “o que poderá gerar mais volatilidade no câmbio”.
“Embora o resultado tenha vindo dentro do esperado, o mercado poderá ficar incomodado com essa sinalização do BC, que manterá ao resultado do FED deve ter a taxa de câmbio em patamar elevado”, completa.
Com Bloomberg
Inscreva-se no canal do Money Times no YouTube!
Tenha acesso aos vídeos exclusivos do Money Times! Assista a entrevistas, explicações do Money Times e todo o nosso canal do YouTube. São playlists completas sobre os diversos temas do Brasil e do mundo. Você se informa, aprende e ainda pode compartilhar com seus contatos. Clique aqui e se cadastre!
No Comment! Be the first one.