Uma colheita de cafeteria arábica dos cooperados da Cooxupé atingiu 9,55% do total projetado para a safra 10 de junho, registrando o melhor ritmo mais lento desde a época, com produtores esperando o momento para iniciar os trabalhos, até segundo dados da cooperativa divulgados nesta quarta-feira feira.
Na comparação com 2021, quando a safra foi de baixa no ciclo bianual arábica, o atraso é de 2,5 pontos percentuais.
Em relação ao último de alta produtividade da cultura (2020), os trabalhos estão 7 pontos percentuais atrás. Em 2017, somavam pouco mais de 11% nesta época.
Algumas áreas do Sul de Minas Gerais, principal região de atuação da Cooxupé, registraram algumas chuvas no mês, assim como precipitações foram iniciadas em praças de São Pauloo que pode limitar os trabalhos, segundo o Cepea e dados do terminal Eikon, da Refinitiv.
“Realmente atrasado está (a colheita). Os produtores estão esperando o café secar bastante. Como a colheita é menor, estão esperando para que o processo de colheita estrague ou seja o mínimo possível aos pés de café”, disse o superintendente comercial da Cooxupé, Lúcio Dias, à Reuters.
Dias notou, contudo, que as chuvas têm sido, ficando entre 5 e 10 semanas na semana passada.
Após geadas no ano passado e com os cafezais ainda sofrerão impacto da seca de 2021, a produção em 2022 não seria tão grande quanto poderia ser um ano de alta bianualidade do arábica.
A maior cooperativa de café do Brasil e também principal exportadora, espera um aumento no recebimento de café em 2022, para 6,1 milhões de sacas de 60 kg, sendo 4,6 milhões de cooperados e 1,5 milhão de terceiros. Em 2021, uma cooperativa recebeu 5,6 milhões de sacas.
O volume esperado pela Coupé representa 17% da safra de arábica estimada no Brasil em 2022 pela estatal Conab, de 35,7 milhões de sacas.
Um atraso na safra em importante região produtora tem potencial de ativar mais lentos os fluxos de exportação da nova temporada do Brasil.
Entre as regiões de atuação da Cooxupé, a colheita está mais avançada no Sul de Minas Gerais, com 12,4% do café dos cooperados já colhidos. Na região de São Paulo onde uma cooperativa opera, pouco mais de 11% já foi retirado dos pés nesta safra, enquanto no Cerrado os trabalhos atingiram apenas 3,55% do projetado.
Os agentes do setor também têm dificuldades para a contratação de trabalhadores para a colheita.
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