Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu nesta segunda-feira (13), o inquérito sobre suposta injúria racial contra o jogador do Internacional, Edenson. O delegado Roberto Sahagoff, titular da 2ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, indiciou o lateral Rafael Ramos, do Corinthians. As ofensas acontecerão durante o jogo no Beira-Rio, no dia 14 de maio.
“Tem quatro laudos periciais no inquérito. Os de defesa do Rafael, sendo que os dois são contraditórios entre si. Aí tem o laudo do IGP, que é inconclusivo. Tem outro laudo juntado pelo Edenílson, pelo advogado dele, que confirma as ofensas. E tem a palavra da vítima”, explica Sahagoff.
O inquérito foi enviado para o Ministério Público, que pode ou não dar sequência ao trâmite na Justiça.
Na última quarta-feira 8), o Instituto Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul, afirmou que não conseguiu identificar na fala do jogador Rafael Ramos, do Corinthians, movimentos com a palavra “macaco”.
Foram enviados quatro vídeos para análise, sendo selecionados como “por apresentar maior extensão da cena questionada e qualidade de sinal”. As imagens foram tratadas por software de melhoramento e foram extraídas 41 frames.
Entenda o caso
Defendendo a liderança do Campeonato Brasileiro, o Corinthians foi a Porto Alegre enfrentar o Internacional em 14 de maio. Durante a partida Edenilson afirmou ao desenvolvimento, que o lateral-direito Rafael Ramos o teria chamado de “macaco”. A partida ficou paralisada por alguns minutos e foi retomada.
Edenilson prestou queixa contra Ramos a agentes da Polícia Civil, que foram ao vestiário apurar o ocorrido com o jogador. Em publicação nas redes sociais, o atleta do tempo gaúcho que “sabe o que ouviu”, reiterou que sofreu o xingamento e repudiou o ato do companheiro de profissão.
Em nota, o Internacional confirmou que Edenilson sofreu injúria racial por parte de Ramos. O pronunciamento acrescenta que “inadmissível que ainda é inadmissível que ainda é fatos desse tipo em 2022, não há sociedade para o racismo em nossa”.
“O Clube do Povo reitera que repudia todo e qualquer ato de preconceito e apoia o seu atleta”, finaliza o texto.
O Corinthians foi informado apenas de domingo (1) informando que foi, Ramos se prontário se proferiu5 que proferiu o atleta o x partida de domingo (1) informando que foi o Corinthians no vestiário se proferiu e que o atleta foi informado o x partida de domingo, após a partida.
Ainda segundo o paulista, “em decorrência da denúncia feita pelo atleta colorado, a lei obriga a tratar o caso como flagrante, seguido de detenção. O pagamento de fiança não implica admissão de culpa, permitindo ao atleta que se defende em liberdade no inquérito”.
O Corinthians finaliza pontuando que tanto o clube quanto o atleta estarão à disposição das autoridades.
Ramos se pronunciou, alegando que “não fui, não sou, e nunca serei racista”. “Fui me explicar para meu colega de profissão, sempre me pautei por uma postura correta em toda a minha carreira, e iria ser de outra forma agora”.
Recorde de racismo no futebol
Com nove casos de injúria, sendo seis na Libertadores e três na Copa Sul-Americana, e em todos os casos raciais de discriminação, os alvos foram pararcedores, a Conmebol decidiu desde o dia 9 de maio suportarcer as mesmas, em todos os brasileiros da entidade, contra os atos de discriminação, idioma de pele ou origem.
Ao alterar as medidas de prevenção no artigo 17 de seu Código Discipr, a Conmebol subiu uma multa mínima contra esses atos de US$ 30 mil para US$ 100 mil. A partir das mudanças, o órgão judicial responsável por um caso ainda pode determinar que o clube punido jogue um ou mais jogos sem, ou até que tenha que fechar seu estádio para partidas.
Somente em casos válidos, cinco de racismo foram registrados em jogos válidos pela Libertadores, em jogos do Flamengo, Corinthians, Bragantino, Palmeiras e Fortaleza. Última ocorrência, aconteceu antes da partida e Boca Juniors no gestos entre um torcedor do tempo argentino que fez gestos para momentos brasileiros.
Dos nove casos, até a Conmebol ofereceu sete momentos para apurar as denúncias. Em três deles, a suspeita de injúria racial foi comprovada e os clubes foram multados. A sentença mais recente foi dada contra o Emelec, no valor de US$ 30 mil (cerca de R$ 150 mil). A Entidade, do Dia da Decisão 18 do mês passado, julgou registros uma partida onde um torcedor do Emelec foi filmado de partida de Palmeirenses de “macacos” e com outros torcedores.
No final de abril, foi a vez da confederação multar o time argentino River Plate, também em US$ 30 mil. Um torcedor do clube jogou uma banana na direção da torcida do Fortaleza durante uma partida da Libertadores.
O que é injúria racial
Injúria criminal é prevista no Código Penal e formulação de punição de 1 crime e punição de repressão de 1. resistindo, assim, honrando ou à imagem e ataque de direitos constitucionais.
Diferente do crime de racismo, previsto na Lei 7.716/1989, que ocorre quando uma pessoa do agressor atende a um grupo ou coletivo de pessoas, discriminando uma etnia de forma geral. Assim, no crime de racismo, a ofensa é contra uma coletividade, por exemplo, toda uma raça, não há especificação da vítima.
(*Com informações de Leandro Silveira, Tiago Tortella, Douglas Porto, Filipe Brasil e Lucas Janone, da CNN)
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