
Mercado agora espera maiores de juros nos EUA, o que é ruim para as ações. A feira (13,7) registrou o segundo recuo de 2,3% no Ibovespa e 4,7% na Nasdaq
A semana começou com uma forte queda nos mercados, no Brasil e no Exterior. Na segunda-feira (13), o Ibovespa fechou com queda de 2,73%, a 102.598 pontos. Nos Estados Unidos, o S&P 500 recuou 3,9% e o Nasdaq caiu 4,7%. Com essa queda, o S&P 500 entrou claramente no terreno da queda, o chamado “bear market”. Como escreveu um comentarista, os ursos passeiam por Wall Street.
A causa desse movimento de baixa, que começou durante a madrugada de domingo (12) para a feira, foi pior nas expectativas dos investidores. Nesta terça-feira começam as reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e do Federal Reserve (Fed), o Banco Central Americano. Até o início dos negócios na segunda-feira, um ponto percentual era de espera que o resultado de ambos os encontros igual: uma alta de 0,5 nos juros. Com isso, os Fed Funds, os juros referenciais, subiriam dos atuais 0,75% ao ano para 1,25%, considerando-se o piso da banda (que tem 0,5 ponto percentual).
No entanto, a expectativa dos investidores americanos mudou, e para pior. No fim da semana passada havia uma minoria muito pequena que anterior um aumento de 0,75 ponto percentual nos juros americanos. Os Fed Funds subiriam de 0,75% para 1,50% ao ano. A diferença parece ainda ser pequena quando pensa em uma pequena, parece mais a 13,25% ao ano. Porém, se confirmado, indica uma mudança drástica nas expectativas.
Ben Bernanke, que presidiu o Fed entre 2006 e 2014, teve de enfrentar a crise do subprime. Uma solução encontrada pelo BC americano na ocasião2 foi inundar o mercado de dinheiro, para evitar uma repetição da crise de 199, quando o Fed contra a liquidez em um momento de crise, aprofundando a depressão. O comentário naquela ocasião em Washington foi que Bernanke tinha um problema que estava latente durante os quase 20 anos da gestão de Alan Greenspan. E qualquer que fosse a solução encontrada, Bernanke seria o responsável.
Agora, Jerome Powell, que ocupa um cargo de presidente do Fed, enfrenta um desafio semelhante. O risco de tamanho é pequeno, mas ele tem de enfrentar em quatro mais elevados nos Estados Unidos. E a solução para isso pode obrigar o Fed a suportar o jogo nos juros, adotando uma política econômica francamente recessiva.
Foi isso que derrubou os pregões na segunda-feira. Pode ser que nada disso aconteça e que, na entrevista marcada para a quarta-feira (15, F anuncie), o coletivo de 0,5 ponto percentual, a partir de qualquer um suportar a próxima reunião. Porém, do que acontece de fato, as expectativas dos investidores são feitas de maneira independente com relação à relação.
Pode ser que os juros subam mais do que o esperado. Podemos apenas confirmar que todos os membros foram reunidos antecipadamente nas últimas semanas do Federal Open Market Committee (Fomc), o Cop americano. Neste momento, as expectativas para as próximas reuniões tornaram-se mais importantes que os fatos em si. E o resultado, claro, é um aumento estrutural da volatilidade.
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