Em uma de suas mais famosas esquetes, George Carlin (1937 – 2008) disse que quando a humanidade desaparecendo da face da Terrauma das poucas coisas que deixamos para trás o plástico em suas várias formas, entre elas o isopor, um dos materiais mais resistentes à degradação. São 400 anos até ele sumir, ficando atrás do vidro (~1 milhão de anos) e outros plásticos (450 anos).
Quase nenhum produto à disposição hoje pode dissolver isopor, fazendo dele um problema ecológico, como todo plástico. No entanto, uma pesquisa recente confirmou ( algo que o conhecimento popular já sabia: larvas do tenébrio-giganteZophobas morio), um “super inseto” explore comercialmente em todo o mundo, pode se alimentar uma dieta exclusiva do material, e decompô-lo totalmente.
Larva do tenébrio-gigante (Zophobas morio), usado como ração por criadores de répteis, pode se alimentar exclusivamente de isopor (Crédito: Dilvulgação/The University of Queensland, Australia)
Um dos grandes problemas em relação ao poliestireno expandido, o nome técnico do isopor, vem do fato que embora possa ser reciclado e reaproveitado (moído, ele pode ser incorporado à argamassa, por exemplo), vem do fato dele acabar sendo descartado de maneira errado, indo parar no lixo comum e consequentemente, em aterros.
Por exemplo , quando a reciclagem não é uma opção.
O problema não é eficiente o bastante que supere métodos de reciclagem corretos e posterior reciclagem e reaproveitamento, o que depende de uma cadeia muito bem estabelecida para o recolhimento do isopor, e também de campanhas para educar a população e empresas. Desnecessário dizer que dada a quantidade de plásticos em geral na natureza, isso não vem dando certo.
O poliestireno sólido, quando puro, é usado na confecção de tubos de laboratório e outros recipientes, já o de alto impacto, que possui 10% de polibutadieno na composição, é empregado na confecção de brinquedos, placas de trânsito e outros materiais que exigem resistência. O isopor o mais usado, e sozinho por 7% a 10% de todos plásticos não-fibrosos.
Se reciclar tudo não é tão simples, resta encontrar formas de decompô-lo, onde o tenébrio-gigante entra.
Trata-se de uma larva de besouro bem conhecida do grande público, mesmo no Brasil, onde ele é o inseto mais explorador comercialmente do país. Ele é uma fonte poderosa de nutrientes e pobres em carboidratos, e principalmente por criadores de répteis, mas também vem sendo estudado como base de alimentação para humanos, mesmo fora de situações drásticas.
A parte interessante sobre os delesébrios-gigantes, que muita gente já sabia, não sabia se alimentar de ispor, sem isso causar danos às larvas, mas ninguém sabia que sabiam às quais o limite de policias no expandido que eles poderiam comer.
Agora, um artigo (cuidado, PDF) publicado na Genômica Microbiana, por pesquisa da Universidade de Queensland, Austrália, revelou não haver limite algum. Conforme a pesquisa, tenébrios-gigantes conseguem digerir poliestireno completamente, graças a uma mistura única de enzimas providas por bactérias em seus tratos digestivos, e extrair quase todos os nutrientes de que precisam.
Surpreendente, os pesquisadores constataram que uma taxa de morfose não caiu tanto em comparação a uma dieta (ração), que provê suplementos ausentes no isopor. Nos testes, 92,9% dos insetos alimentados com farelo chegaram à fase de besouro, contra 66,7% dos que comeram só poliestireno expandido. Isso mostra que os tenébrios-gigantes são basicamente decompositores naturais de isopor.
Segudo o prof. Dr Rinke, um dos autores do estudo, uma análise do gástrico. o desafio agora para produzir o processo, até dezébrios, o desafio que pode ser feito para a quebra do material, até porque não dá tenébrios para isso.
Referências Bibliografias
SOL, J. et. al. Insights sobre biodegradação de plástico: composição da comunidade e capacidades funcionais do microbioma superverme (Zophobas morio) em ensaios de alimentação com isopor. Genômica Microbiana, Volume 8, Nº. 6 (2022), 19 páginas, 9 de junho de 2022. Disponível aqui.
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