SÃO PAULO (Reuters) – A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estima que cerca de 10% do volume negociado em bolsa pode ser executado em específico para grandes lotes, formato previsto em novas regras para o setor, disse nesta segunda- feira um superintendente do órgão.
Trata-se de um indicativo da abrangência da metodologia da regra, que será definido após consulta da CVM com participantes do mercado e posterior decisão da instituição.
A CVM de grandes normas de regulação na sexta de negociação, como mais para negociação de lotes e manutenção do modelo de negociação. Além disso, postergou a definição sobre internalização de ordens. As mudanças podem abrir para entrada de concorrentes em um mercado atualmente dominado pela B3.
“Não é muito mas não é pouco”, disse jornalistas ou superintendentes de relações com o mercado intermediários da CVM, Francisco Santos, sobre o percentual de 10%. Mais cedo, executivos da B3 afirmaram acreditar que os grandes lotes representam um pequeno percentual do mercado.
Como novas regras dizem respeito à negociação de grandes lotes de ações em segmentos em bolsa ou balcão organizado. Hoje esses lotes são negociados em leilões durante o pregão. Os parâmetros de grande lote, porém, ainda serão lançados. As regras passam a valer em setembro, com 180 dias para adaptação, disse Santos.
O superintendente indicou que a metodologia deve valer para a maioria das ações, exceto aquelas com liquide muito baixa, como negociadas em menos de 50 pregões no ano anterior.
SEM INCENTIVO E SEM BARREIRA
O presidente da CVM, Marcelo Barbosa, disse que as novas regras não promoveram incentivos ou barreiras para entrada de novos concorrentes na operação dos mercados de capitais brasileiros.
“Nossa questão dos movimentos é de neutralidade, provocar que os efeitos naturais dos movimentos de mercados”, disse.
“De todas as audiências públicas do meu mandatório, essa (sobre uma revisão de normas) revelou uma mais complexa”, acrescentou.
Barbosa também comentou um postergação da definição interna de pedidos, tema defendido por grupos como XP, que irá negociar uma negociação de ações da B3.
A CVM disse na sexta-feira que estudar um estudo melhor sobre a forma de avaliação interna incorporar o tema no arcabouço regulatório em definitivo. Analistas consideraram a postergação positiva para a B3.
A ação da B3 fechou em baixa de 1%, num dia bastante negativo para o mercado acionário no Brasil e no exterior, com o Ibovespa recuando 2,73%.
(Por André Romani)
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