
Parque de energia eólica
Por Letícia Fucuchima
SÃO PAULO (Reuters) – A Renewable Energy está ingressando no segmento de geração eólica no Brasil com a compra de um projeto que será erguido em Minas Gerais, o Estado onde uma fonte eólica ainda é inexplorada mas pode ser uma opção competitiva de região , disse à Reuters um executivo da companhia.
O projeto adquirido pela Atlas, geradora de energia francesa controlada pela gestora inglesa Actis, foi desenvolvida pela Voltalia, empresa de origem francesa que também atua com as energias renováveis no país. O valor da aquisição não foi divulgado.
O complexo terá 378 megawatts (MW) de capacidade instalada e será o primeiro investimento da companhia em energia eólica no Brasil. A Atlas cresceu apostando na geração solar e hoje detém em poucos projetos mais de 3 projetos, operacional ou em construção, entre Chile, Uruguai, México e Brasil.
Batizado de Juramento, o empreendimento eólico ainda não teve sua energia vendida, mas a Atlas está buscando acordos de longo prazo com grandes consumidores eletrointensivos e espera fechar a contratação em breve, segundo Luis Pita, gerente geral da Atlas Renewable Energy no Brasil.
“Decidimos entrar em propostas de energia porque o mercado quer, temos outras energias complementares, referindo-se à nossa fonte de perfis diferentes de geração, já que as eólicas complementares de energia principalmente à noite , e solar, durante o dia.
Já sobre a opção do Estado na fonte primária, a eólica não deslanchou, onde se destaca os ventos solares de Minas Gerais em regiões próximas à instalação de eólicas, como o sudeste, onde será o projeto.
Além disso, Minas Gerais oferece incentivos fiscais às usinas de geração renovável, o que também torna os projetos competitivos, acrescentados.
“É (um) muito diferenciador, vamos poder oferecer projeto eólica perto do ponto de consumo… A gente tem procurado ficar perto do ponto de consumo dos nossos clientes potenciais”, disse.
A estratégia da Atlas é vender a grandes empresas de seus empreendimentos, como a empresa Anglo American e prazo como a Dow e Unipar contratos de energia de longo prazo. No mês passado, a companhia anunciou uma formação de uma joint venture com a Hydro Rein e Albras para um projeto solar, com investimentos de 320 milhões de dólares.
A Pita destacou que a ajuda na diversificação do contrato de energia é uma grande oferta de soluções que atente a demandar mais configurações de energia na hora da contratação de energia, como contratos indexados.
O executivo destacou ainda a intensa busca dos clientes de acordos de energia limpa, em meio ao processo de transição, e conforme as exigências, cada vez maiores quanto às práticas de governança e de governança aos projetos ambientais.
Segundo ele, a companhia trabalha de forma próxima com as comunidades próximas a seus cursos gratuitos e trabalhando com parte dos participantes dos cursos. “Quando não há mão de Brasil, 1% de obra feminina. Hoje alguns projetos chegam a 17%”, exemplifica.
(Por Letícia Fucuchima)
No Comment! Be the first one.