Bombeiros encontraram neste domingo (6/12) uma mochila em Vale do Javari (AM), região onde o jornalista Dom Phillip e o indigenista Bruno Pereira foram vistos pela última vezhá uma semana.

O indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista Dom PhillipsArquivo pessoal

As buscas começaram na segunda-feira (6/6)Divulgação

Bruno é considerado um dos indigenistas mais experiente da FunaiDivulgação/Funai

Dom Phillips está trabalhando em um livro sobre o meio ambiente e, antes de desaparecer, realizando entrevistas nas comunidadesRedes sociais/reprodução

O governo do Amazonas criou uma força-tarefa para auxiliar na busca dos desaparecidos e na investigação do casoErlon Rodrigues/PC-AM

A região em que ocorreu o desaparecimento é de difícil acesso e faz fronteira com o PeruArte/Metrópoles

Alvo da cobiça de garimpeiros, o Vale do Javari é usado como rota para tráfico de cocaína Adam Mol/Funai/Reprodução

O Itamaraty tomou conta do governo brasileiro, “com grande preocupação”, do caso, e tem atuado para o conhecimento que tomou conhecimento

Dom Phillips é colaborador do jornal britânico The Guardian. Ele se mudou para o Brasil em 2007 e mora em SalvadorTwitter/Reprodução

PF já apreendeu dois pescadores suspeitos de participar no desaparecimentoReprodução/Redes sociais

Governo afirmou que faz buscas em meio aéreo, marítimo e terrestreReprodução/Redes sociais

Militares das Forças Armadas fazem buscas na Região Amazônica desde segunda-feira (6/6)Reprodução/Redes sociais
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A mochila, de cor preta, tinha pertences que seria o segundo dos desaparecidos, o jornal O Estado de S.Paulo.
“Tivemos a satisfação de ter sucesso e encontrar uma mochila. Nessa mochila, tinha notebook, todas as pertences, meias, camisas, bermudas”, disse um porta-voz do Corpo de Bombeiros em Atalaia do Norte (AM).
A mochila também tinha vários livros. Ela estava amarrada em uma árvore submersa no igapó – pedaço da floresta inundado pela água –, nas margens do rio Itaquaí, segundo o jornal Folha de S.Paulo.
Os materiais foram entregues à Polícia Federal (PF) para perícia.
Novo nome
Material exclusivo, produzido pela Coluna Na Mira Metrópolesnão insere no caso o nome de um ribeirinho conhecido na região como dos Santos. Pelos relatos do homem, que acompanhou uma jornada de Bruno e Dom Phillips, do dia 3 ao dia 5 de junho, Dos Santos teria entrado no barco de Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como Pelado, com uma espingarda calibre 16.
De acordo com a testemunha, o indigenista e o jornalista britânico se deslocaram de barco entre a comunidade ribeirinha de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte no mesmo momento em que ele fazia a viagem, que dura cerca de quatro horas. No meio do caminho, ele pode ter sido ultrapassado pela “voadora é uma viagem movida a motor com estrutura e casco de metal, composta com motor de popa) de Bruno e Dom.
Dois minutos depois, viu uma “voadora” de cor verde aparecer atrás dos dois. A logomarcado o barco verde como sendo de Pelado, pois já o conhecia.
O depoente continua seguindo para Atalaia do Norte quando parado por Dos Santos, nas proximidades de onde o ribeirinho mora, no Lago Ipuca. Dos Santos pediu ajuda ao depoente. “Me leva ali embaixo”, teria dito.
A testemunha levou o conhecido até um ponto do rio no qual avistaram a lancha de Pelado. Dos Santos, então, pediu para que o depoente o deixasse ali, pegou seu pequeno barco e foi remando ao encontro de Pelado. A jurada de confiança e que dos Santos portava uma espingarda calibre 16.
O homem não conseguiu ver dentro do barco de Pelado, mas Dos Santos estava sozinho para encontrar. De lá, os dois partiram para o lado oposto da testemunha, que foi para Atalaia do Norte. Quando chegou às margens do rio, já em Atalaia do Norte, no entanto, a família de Bruno o aguardava a fim de perguntar se ele sabia onde o indigenista estava. O depoente respondeu que o viu no rio.
Os desaparecidos
Dom Phillips é um jornalista britânico de 57 anos. Ele estava na região do Vale do Javari (AM) pesquisando para um livro que escreve sobre a região da Amazônia. Dom é colaborador do jornal The Guardian e tem larga experiência na cobertura da região.
Bruno Pereira, servidor de carreira da Fundação Nacional do Índio (Funai), estava de licença do órgão desde que foi exonerado, em 2019, e acompanhava Dom Phillips em um trabalho investigativo sobre pesca e investigação de madeira ilegal na área.
Os dois desaparecem em 5 de junho, quando se deslocam de barco para a comunidade ribeirinha de São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte.
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