
Imagem da Terra Indígena do Vale do Javari em 2018 (Crédito: Flickr/ Amazônia Real )
O sogro ea sogra do jornalista britânico Dom Philipps divergem quanto ao acaso dele e do indigenista Bruno Pereira ainda estão vivos. Os desaparecidos no dia 5 de domingo, quando dois passados, foram o trajeto entre a comunidade Rieirinha São Rafael e a cidade de Atalaia do Norte, no Vale do Javari, na Amazônia. A polícia investiga o caso, mas até agora não chegou a nenhuma conclusão.
Para a aposentada Maria Lúcia Farias Sampaio, de 78 anos, mãe de Alessandra Sampaio, que é casada com o jornalista britânico, “ele já não está mais entre nós”: “Para ser sincera, não existe mais esperança”, afirmou, durante ato promovido na manha deste domingo, 12, na orla de Copacabana, na zona sul do Rio, para cobrar das autoridades que intensifiquem as buscas pelos pelos e tomem providências contra violações de direitos na Amazônia.
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A manifestação foi organizada por amigos e familiares do jornalista britânico, que está no Brasil há 15 anos e morou no Rio, de onde se mudou há um ano para Salvador. “Estamos aqui em homenagem a Dom e Bruno”, disse Maria Lúcia.
Já o sogro do jornalista, o aposentado de Luiz Carlos Rocha Sampaio, de 80 anos, ainda tem esperanças. “Eu ainda alimento a esperança de encontrá-lo. Peço a Deus que não seja em vão essa nossa luta”, afirmou.
O casal tem três filhos – Alessandra, casada com Philipps, continua em Salvador, de onde acompanha as buscas pelo marido. A irmã dela viajou para Salvador assim que o sumiço foi anunciado, para fazer companhia a Alessandra. O outro irmão, o produtor Marcus Farias Sampaio, de 49 anos, participante do ato na zona sul do Rio.
“A gente sabe que é muito difícil. Enquanto não houver uma resposta definitiva, a gente tem que acreditar. Mas a gente muito está o pior, tenha fé”, afirmou.
A atriz Lucélia Santos também participa do ato. “Esse episódio vem escancarar a realidade trágica e horrorosa que está segura no Brasil hoje. Que perseguem e matam as pessoas nessa região já é do conhecimento de todos. O que a gente não poderia imaginar é a vulnerabilidade do Exército, de não reunir como condições para a busca. A sociedade precisa se unir e exigir do governo o esclarecimento do caso. Dom e Bruno não podem simplesmente sumir no interior da floresta”, disse a atriz.
O ato começou às 9h na avenida Atlântica em frente ao posto 6, onde Dom fazia quando fazia aulas de stand-up paddle, morava no Rio. Às 10h20, um grupo de aproximadamente 50 pessoas, segurando cartazes com fotos dos desaparecidos, gritar se reuniram para, em coro, gritar “onde estão e Bruno?”
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