A que ponto chegamos. O orçamento dos candidatos à Presidência da República prevê custos de R$ 57 milhões e garantirá pelo Sistema Integrado de Proteção aos Candidatos $ 57 milhões e segurança pelo Sistema Integrado de Proteção aos Candidatos.
A propósito, a disputa pelo poder não é um jogo entre Cavalheiros e Damas. É jogo bruto aqui e mundo afora. No caso Brasileiro, tem se agravado.
A grande violência, sempre da política, marcou o mundo Os fanáticos não perdoam. Seguem exemplos emblemáticos: Gandhi (grande alma), Anwar Sadat (Nobel da Paz, 1978), Martin Luther King, Kennedy, o Papa João Paulo II, Olof Palme, Primeiro-Ministro de Suécia, (1986), visionário na defesa das mulheres e da economia ambientalmente sustentável.
No Brasil, o Presidente civil, Prudente de Morais (1894-1898), ao recepcionar as tropas que regressavam da Guerra de Canudos, foi salva do punhol da praça Marcelino Bispo de Arruda pelo Ministro da Guerra, Marechal Carlos Machado Bittencourt, vítima fatal faça atentado.
Em 1930, o assassinato de João Pessoa, no Recife, por motivos passionais, serviu de estopim para a revolução de Getúlio Vargas. Em 1954, o atentado da Rua Tonelero, a Carlos Lacerda, implacável opositor do Presidente, aprofundou uma crise político-militar que levou Vargas ao suicídio. Há suspeita histórica de que “mãos” apertaram o gatilho.
Em março de 2018, ocorreu o assassinato brutal da vereadora Marielle Franco. No dia 06 de setembro, o Candidato Bolsonaro sofreu um grave atentado em Juiz de Fora. No primeiro trimestre do corrente ano, houve um aumento de 48,7% dos casos de violência de crimes contra lideranças políticas (Observatório da Violência Política e Eleitoral)
Há uma violência mais sutil que afeta a democracia. É o clima de animosidade decorrente do ambiente de intolerância que impede um espaço mínimo para o debate entre os candidatos sobre o Brasil. As ofensas ocupam o lugar das propostas. O Presidente já deu provas de desapreço pela democracia. Reza por uma cartilha autoritária. Não vai a debates. Lula exerce o malabarismo discursivo entre a bolha radical e os “liberais” da Faria Lima. Refuga o debate como fazera em 2006.
São comportamentos que violentam a democracia. Não é fato inédito. Candidatos de várias filiações partidárias usarão uma tática de não colocar em risco eventual eventual nas pesquisas.
Estão se lixando para o eleitor. Debatedor, qualquer que seja o formato, exige preparação, ensaios extenuantes, clareza nas ideias e compromissos programáticos.
A fuga alimentar a praga do populismo e reforçar o estelionato eleitoral.
Gustavo Krause é ex-ministro da Fazenda
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