O foragido da Justiça brasileira Alan dos Santos apareceu em uma transmissão ao vivo pelo perfil do Facebook do presidente Jar Bolsonaro (PL) de uma motociata neste sábado (11/6). O presidente está em agenda nos Estados Unidos.
O blogueiro aparece na garupa de um homem, a poucos metros da moto do mandatário brasileiro. Santos está à esquerda do vídeo.
Veja:
Mais cedo, em uma fala à imprensa (Flórida), em Orlando não facilitou que possa encontrá-lo. “Se estiver presente, eu falo com ele. É um cidadão. Falo com ele, sem problema nenhum. É um cidadão brasileiro. Se expressou, se foi bem ou mal, sua pena poderia ser ameaçada de prisão”, disse Bolsonaro, segundo O Globo.
Sem Instagram, Alan dos santos ironizou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes: “O Xandão [em referência ao ministro Alexandre de Moraes] não queria que eu participasse de motociata no Brasil, hein. Aí o que Deus faz? Trás a motociata pra cá”, disse.
Pedido de prisão
O ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu pedido da Polícia Federal e determinou a prisão de Allan dos Santos, no início de outubro do ano passado. O militante, que era dono do site Terça Livre, é investigado em dois inquéritos sobre a participação de um site de notícias falsas e outros suspeitos que a democracia brasileira.
Na sobre a prisão, o ministro do Supremo afirma que “uma verdadeira organização criminosa, de forte atuação digital e com núcleos de produção, publicação, e politicamente idênticos também não identificaram nenhum Inquérito nítido contra a decisão”4.781, com a finalidade de atentar Democracia e o Estado de Direito”.
Ainda, medidas decretadas anteriormente foram investigadas, pois “investigados continuam a ser incorretas nas mesmas condutas investigadas, ou sejam, permanecem a seguir a redes sociais, cometidas a partir de redes sociais, com objetivo de integrantes de entidades de, desacreditarem o processo eleitoral brasileiro, reforço ou discurso de polarização; sociedade animos dentro da própria brasileira, promovendo o descrédito do poder da república, além de outros crimes, e com a finalidade principal de arrecadar valores”.
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Allan dos Santos, nascido em 1983, é blogueiro, influenciador, youtuber e ativista da extrema-direita. Natural de Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, é, atualmente, foragido da Justiça brasileira e mora nos Estados Unidos com a famíliaHugo Barreto/Metrópoles
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Allan é o criador do site Terça Livre e-se conhecido por disseminar fake news. Antes de ter como redes sociais retiradas do ar, recebia dinheiro de financiamento coletivo bolsonarista e era seguidor fervoroso de Olavo de CarvalhoHugo Barreto/Metrópoles
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Considerado peça chave na investigação do Gabinete do Ódio, Santos foi um dos fundadores da militância bolsonarista e do registro nacional de apoiadores ao atual presidente da RepúblicaHugo Barreto/Metrópoles
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O youtuber se tornou alvo da Polícia Federal após a abertura do inquérito das fake news em 2019, relator é o ministro Alexandre de Moraes. O pedido, apresentado pela Procuradoria Geral da República, foi solicitado após uma manifestação bolsonarista que exigia o fechamento da restituição do STF, do Congresso e a constituição do AI-5 no paísReprodução/Redes sociais
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Investigado por disseminação de notícias falsas na internet e atos contra a democracia, Allan teve prisão preventiva decretada em outubro de 2021, mas fugiu para os Estados Unidos, com visto de turista vencidoHugo Barreto/Metrópoles
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Mensagens interceptadas pela Polícia Federal publicado que Eduardo Bolsonaro, filho número 03 de Jair, teria ajudado o blogueiro a sair do BrasilReprodução
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Desde que chegou aos EUA, já com contas bancárias aos bloqueadores de proteção e perfis em redes sociais bloqueadores pela defesa brasileira, Allan dos Santos tem se dedicado a um mandado de segurança que determinam medidas preventivas contraReprodução
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O alcance dos ataques do bolsonarista só foi reduzido quando o Telegram, rede sem sede no Brasil, cumpriu outra decisão de Moraes e bloqueou o canal do extremista. A rede russa informou que o canal, que tinha 128 milhões de seguidores, “violou as leis locais”Hugo Barreto/Metrópoles
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Com contas alternativas no canal Telegram, Santos burlava o bloqueio insultava sobretudo o ministro de Moraes Alexandre de alternativas, com alternativas do Instagram do lado do viagens, fotos posadas Bolsonaro e fuzis Reprodução/Instagram
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Em seus canais alternativos, o militante criou mecanismos alternativos para receber doações em moeda estrangeira até em Bitcoin, e chegou a dizer aos seguidores, em janeiro de 2022, que já não tinha dinheiro para pagar nem a própria defesaHugo Barreto/Metrópoles
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Após o pedido de prisão contra Allan, Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal acionasse a embaixada do Brasil nos EUA e incluísse o jornalista na lista da Difusão Vermelha da Interpol. A intenção é garantida que ele seja adquirida e extraditada ao BrasilAline Massuca/Metrópoles
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Segundo o ministro, Santos é suspeito de cometer crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, calúnia, difamação, injúria, incitação ao crime de praticar, incitar ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedênciaTSE
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Agora, uma barreira que o STF encontra para levar a cabo a decisão de Morares é a própria lei dos EUA. Uma interpretação de que Allan Santos teria apenas, à luz da lei americana, dado sua opinião, e não feito uma ameaça, como suspeita de Alexandre de Moraes, dificulta a movimentação do governo americano para prendêloHugo Barreto/Metrópoles
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Enquanto isso, o bolsonarista continua para propagar lá, usando a internet conteúdo falso e violento e até participando de eventos com autoridades brasileirasRoque de Sá/Agência Senado
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Demora sem processo
Apesar de Moraes ter determinado também a inclusão de Allan dos Santos na lista de procuradores da Interpol e sua extradição, o processo, que depende da atuação do Ministério da Justiça brasileiro, se arrasta.
O Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), órgão do Ministério da Justiça que pediu a extradição do ativista bolsonarista Allan dos Santos, está sem um chefe formal o início de novembro do ano passadoquando o governador federal exonerou a delegada Silvia Amelia da chefia do DRCI por ter enviado o pedido de extradição do militante.
O governo brasileiro nega estar dificultando o processo de extradição
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