O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,47% em maio. É um ponto positivo para o mercado, que viu uma desaceleração 1,06% ante os registrados em abril. O indicador também ficou abaixo das projeções de alta de 0,60%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA foi de 11,73%, antes de 12,13%.
Mas nem tudo são flores. A questão é que entre os itens que ajudaram no resultado são muito voláteis: energia e higiene pessoal. A conta de energia elétrica, por exemplo, caiu 7,95% porque em, 16 de abril, o governador encerrou a cobrança extra da bandeira de construção de hídrica, de R$ 14,20 cada 100 kWh produtos consumidos. Desde então, está em vigor a bandeira verde, que não tem cobrança adicional na conta de luz.
Já nos alimentos, como principais quedas foram em alimentos que estavam sendo cortados da lista de compras por causa dos preços nas alturas: cenouras (-24,07%), tomate (-23,72%) e batata-inglesa (-3, 94%). Ainda assim, o de pesquisa macroeconômica da Kínitro Capital, João Savignon, destaca que os grupos dos grupos continuam em alta e que o IPCA de maio ainda é novo para o Banco Central.
Semana que vem, o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para decidir o futuro da Selic. Hoje, a taxa básica de juros está em 12,75% ao ano – ea expectativa do mercado é de que tenha mais um reajuste. O Banco da América avaliou o resultado do IPCA como positivo e projeta que o Copom possa elevar um taxa para 13,25% aa.
A economista-chefe do Inter, Rafaela Vitória, também acredita que esse seja o fim do ciclo de altas do BC, caso a inflação siga um ritmo de desaceleração.
IPCA de maio com uma surpresa positiva (que há tempos não víamos!) 0,47% contra a expectativa de 0,60%. Boa desaceleração em alimentos e bens pra casa. Difusão ainda é alta em 72% e inflação de serviços tb, 0,85%.
Copom deve dar mais uma alta em junho, mas pode ser a última.— Rafaela Vitória (@rvitoria) 9 de junho de 2022
Mas a mesma não é todo mundo que segue a opinião. O economista-chefe do Modal, Felipe Sichel, lembra que a composição do IPCA não é boa, mesmo com o resultado de maio. “Ainda que a manter atualizado segue da expectativa, a composição do índice favorável. Por isso, entendemos que o IPCA de maio corrobora uma perspectiva de aproximação de 50 bps nas próximas duas reuniões [do Copom].”
O Capital Economics também espera que a Selic avance para 13,25% aa na próxima semana. No entanto, o economista da consultoria, Nikhil Sanghani, destaca que a inflação acumulada em 12 meses deve seguir na casa dos dois dígitos por mais de alguns meses – o que abre para mais dois reajustes de 0,50 ponto percentual, um em junho e outro em agosto.
Mais que vem
Para junho, a inflação deve voltar a pesar no bolso. A MCM Consultores Associados projeta uma alta de 0,60%, com o grupo de Saúde destacando – os planos de saúde se um reajuste de até 15,5% nas modalidades individuais e familiares para o período de maio de 2022 até abril de 202 3. Por outro lado, as passagens aéreas e aéreas devem recuar.
“A produção para 2022 está em torno de energia, sem considerar os impactos da avaliação dos projetos que estabelecem a redução, combustíveis, transportes dos urbanos, e deson desons da gasolina e etanol.”
A LCA Consultores estima que o IPCA acelerará para 0,63% em junho, com destaque para os grupos Alimentação e bebidas, Habitação e Artigos de residência. Já para 2, foi mantida uma resistência de +9,0%.
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