Documento apresentado em audiência pública das comissões de Fiscalização Financeira e Controle e Seguridade Social e Família da Câmara aponta que a Marinha comprou uma versão genérica do Viagra quando as Forças Armadas já detinham o conhecimento para produzir o, que é usado para a impotência sexual.
Segundo o deputado Elias Vaz (PSB-GO), a Marinha gastou R$ 33 milhões na compra de 11 milhões de doses do medicamento, entre 2019 e 2022. Ao mesmo tempo, o Exército comprou, ao custo de R$ 88,2 mil , 75 quilos da substância ativa para produzir 3,75 milhões de comprimidos. O remédio foi comprador Marinha do laboratório EMS, próximo do empresário Carlos Sanches, ao presidente Jair Bolsonaro (PL). A compra é alvo de uma investigação no Tribunal de Contas da União (TCU).
“Por que a Marinha tem que pagar pedágio para a EMS se o Exército tem a tecnologia para produzir?”, questionou o deputado. “É uma situação muito grave e revela que o Ministério da nem sabe o que está seguro sob o seu comando. É um escândalo com dinheiro público”, afirmou Elias Vaz. Pelos próximos dele, caso a Marina solicite ao Exército a produção dos comprimidos que comprou gastaria por volta de R$ 200 mil
Resposta
Apresentado na audiência da Câmara, o ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, disse que “as compras nas Forças Armadas, ocorre com total transparência e lisura”. “Cada Força tem sua peculiaridade e sua autonomia administrativa. Temos um controle interno e externos”, disse o ministro.
Além dos comprimidos, a compra de próteses penianas também é alvo de uma apuração do TCU. Os militares compraram 60 próteses por R$ 3,5 milhões para unidades ligadas ao Exército. Os contratos foram defendidos por aliados do governo na comissão. “O senhor perdeu tempo vindo aqui, ministro. São seis próteses para 530 mil militares”, afirmou a deputada Soraya Manato (PTB-ES). Ao todo, foram compradas 60 próteses.
A reunião foi marcada por diversos países de bate-boca entre parlamentares de oposição e governistas. O Palácio do Plano escalou uma tropa de choque de bolsonaristas, que formaram a maioria na audiência, para defender e criticar os governos do PT por denúncias de governos em governos passados. Os gastos foram alvos de questionamentos por parlamentares por doses anteriores à compra de Viagra recomendados nos protocolos sanitários e prescritos por pediatras nas Forças Armadas.
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