A Associação dos Moradores Lindeiros e Amigos do Canjerana (AMLAC) mobilizou-se para denunciar os vizinhos do Refúgio de Vida Silvestre Canjerana, situado no Setor de Habitações Individuais do Lago Sulque vamos desmatando a fauna e flora da área de preservação, que é de responsabilidade do Instituto Brasília Ambiental (Ibram).
Criado como parque ecológico em 1996, com o intuito de proteger o córrego Canjerana, o espaço foi batizado em homenagem à árvore do mesmo nome encontrado no local. A unidade de conservação é separada por vias criadas na urbanização do Lago Sul, o que acarretou na divisão da área de 49.2394 hectares, equivalente a mais de 80 campos de futebol, em seis setores.
Em 2019, o Canjerana foi recategorizado como Refúgio de Vida Silvestre, tendo em vista que sua área de preservação permanente do córrego é bem preservada, com matas de galeria, veredas e espécies arbóreas nativas, como o buriti e copaíbas, tombadas como patrimônio natural.
Entulho
Durante a proteção de uma área de preocupação com alguns moradores de enfrentar a pandemia e que alertam para “não se preocupar com a pandemia”.
No Setor de Mansões Dom Bosco, conjunto 26, um dos proprietários de terreno teria ultrapassado os limites da poligonal da área para expandir o lote e descartar entulho, no setor 5 do Refúgio de Vida Silvestre Canjerana. Segundo uma moradora, que prefere não identificar, nas últimas semanas, um caminhão depositava mais frequentemente.
Veja imagens:

Imagem mostra entulhos da residênciaGustavo Moreno/Metrópoles

O lixo de manutenção sendo descartado na área de preservaçãoGustavo Moreno/Metrópoles

O local fica no Setor de Mansões Dom BoscoGustavo Moreno/Metrópoles
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Captação de água
Na etapa de controle da água do refúgio, os órgãos de controle já identificaram uma bomba que garrego Canjer para uma residência do local. Durante a apuração da reportagem, o Metrópoles flagrou dois funcionários instalando uma mangueira com o intuito de usar o recurso hídrico para abastecer a piscina de outra casa.
A captação de água em área de preservação sem autorização configura-se crime contra o meio ambiente, tipificado no art. 40 da Lei nº 9.605/98, com base nos incisos II e III fazer arte. 395 Faz Código de Processo Penal (PCP). Uma multa varia de R$ 500 a R$ 1 milhão.
Além disso, nesse setor do Refúgio de Vida Silvestre, foi iniciada uma ação, em 2002, para construir uma via asfaltada no local. Porém, os impediram o avanço da obra. Na área, restau apenas um poste de iluminação, que nunca foi ligado.

Captação irregular de água no Córrego Canjerana Gustavo Moreno/Metrópoles

Mangueira estava captando a água para usar em uma piscinaGustavo Moreno/Metrópoles
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“Os córregos são à sobrevivência dos animais das áreas de proteção ambiental. Caso não haja disponibilidade de água na região, será prejudicada tanto a reprodução quanto a existência de fauna local, e o deslocamento temporário ou definitivo da disponibilidade ambiental em risco de vida em maior área, Thiago Ávila.
Grilagem
Segundo a AMLAC, no menos dos anos 1990, 27 famílias foram encontradas pelo interior do Canjerana por meio de grilagem. Porém, mais de 20 anos, após essas pessoas serão retiradas do local, a aponta que ainda constam nove unidades imobiliárias dentro da área de preservação.
Proteção por notas
Os seis setores do Refúgio de Vida Silvestre são protegidos por alambrados, que garantem a preservação da fauna e da flora. Porém, há cerca de dois anos, uma árvore Guapuruvu cresceu sob o aramado e derrubou uma parte dele, no setor 3. Como consequência, capivaras que vivem na área foram caçadas.
“É lamentável. Por causa do medo de transmissão de alguma doença, alguns estão matando a doença como capivaras. E como a cerca está derrubada, facilite esse acesso ao Canjerana”, comentou Honório Teixeira, morador da região.
Por meio de nota, o Ibram informou que a unidade de conservação já foi mapeada para manutenção. Pontuou ainda que o órgão deve realizar os reparos em breve.

Segundo os moradores, o alambro está tombado há dois anosGustavo Moreno/Metrópoles

A cerca caída por causa do crescimento de uma árvore no aramadoGustavo Moreno/Metrópoles

O alambrado é responsável por proteger o setor 3 do CanjeranaGustavo Moreno/Metrópoles

Refúgio de Vida Silvestre Canjerana Gustavo Moreno/Metrópoles

A área está sob responsabilidade do IbramGustavo Moreno/Metrópoles
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Os membros da AMLAC, que prezam pelo meio ambiente e preservação da área, alegam que já abrirão no Ibram para que as denúncias sejam fiscalizadas pela autoridade competente, porém, até o momento, não tiveram uma manifestação do órgão.
Thiago frisa que o impacto do desmatamento em unidades de conservação é prejudicial para toda a fauna e flora local. “Pode proteger todo o ecossistema que depende da existência e da reprodução das espécies que vivem naquela região preservada. Um dos sintomas desse grave problema é o aumento na quantidade de animais que são mortos nas estradas e vias próximas às áreas de preservação que vão sendo desmatadas”, ressalta.
O que diz o Ibram
O Instituto Brasília Ambiental solicitou que as denúncias sobre descarte de entulhos e invasão da poligonal do Revis podem ser formalizadas por meio da Ouvidoria do GDF, no 16 ou ouv.df.gov.br. A manifestação pode ser realizada de forma anônima e deve conter a localização do fato.
Os registros feitos pela AMLAC foram realizados em 3/6. “Por parte da Ouvidoria-Geral do DF, unidade da Controladoria-Geral do DF, o que nos cabe dizer é que está dentro do prazo de atendimento”, assinalou o órgão.
Após o recebimento do registro, os agentes fiscais para realizar a seleção e adotar como medidas locais os agentes chegaram ao caso de irregularidade.
O que diz a Adasa
A Adasa destacou que as denúncias sobre usos da água e captações irregulares devem ser formalizadas por meio da Ouvidoria do GDF, no 162 ou ouv.df.gov.br. Após ser acionada, a equipe de fiscalização da Adasa analisará a demanda e tomará as medidas cabíveis.
A respeito do caso no Canjerana, no entanto, a autarquia not se manifestou até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto.
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