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As ofertas de debêntures representaram boa parte das emissões dentro do mercado de capitais em maio, pelo segundo mês seguido. Ao todo, esse título de dívida respondeu por 73% do volume total de emissões, ao movimentar R$ 32,7 bilhões no mês passado.
Desse montante, cerca de R$ 74 milhões corresponderam a primeira emissão de debêntures tokenizadas, realizada pela Salinas Administração e Participações. Os dados foram apresentados nesta quarta-feira (8) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Um mês antes, as emissões de debêntures alcançaram R$ 18,3 bilhões e representaram mais da metade (56,4%) de todas as emissões feitas no mercado de capitais naquele mês.
José Eduardo Laloni, vice-presidente da Anbima, destacou que o cenário de inflação e juros mais pressionados se refletiu nas emissões, por meio dos indexadores.
Debêntures atreladas ao CDI (taxa de referência na renda fixa), ou com remuneração atrelada à inflação, ou ao CDI acrescido de um spread (taxa que é oferecida pelo risco que o investidor corre ao adquirir um título de dívida de empresa, em relação a um título público) responderam por quase 96% das emissões entre janeiro e maio.
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Para além da remuneração, chamou a atenção também que, entre janeiro e maio deste ano, o interesse de fundos de investimentos por debêntures chegou a quase 40%, percentual superior ao registrado um ano antes, que foi de 33,9%. Já entre pessoas físicas, houve pouca variação, com o percentual de subscritores com esse tipo perfil avançando de 4,3% (entre janeiro e maio de 2021) para 5,0% agora.
Nos dois casos levou-se em conta ofertas do tipo CVM 400 (voltadas ao investidor geral) e do tipo CVM 476 (com foco em investidores profissionais, ou seja, com mais de R$ 10 milhões em aplicações financeiras).
Quanto à destinação dos recursos captados com as debêntures, levantamento da Anbima mostrou que a maior parte foi destinada para capital de giro (31,3%), seguido por refinanciamento de passivo e investimentos em infraestrutura com 23,8% e 17%, respectivamente.
Além das ofertas de debêntures, houve aumento no volume de emissões de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), que passaram de R$ 2,3 bilhões em abril para R$ 3,3 bilhões em maio.
Mais uma vez, as emissões de renda fixa superaram as de renda variável. Produtos de renda fixa responderam por 91,5% do volume total captado em maio, o que corresponde a R$ 40,8 bilhões.
Ofertas minguadas na renda variável
Enquanto o mercado de renda fixa se mostrou mais resiliente, os produtos de renda variável completaram agora quatro meses sem aberturas de capital (IPO, na sigla em inglês). Vale ressaltar que a última ocorreu em janeiro, com uma operação de R$ 405,7 milhões.
Os IPOs têm sido atrapalhados pela piora do cenário econômico, com o aumento dos juros, o que torna a renda fixa mais atrativa e tende a diminuir o apetite pelo risco. Sem contar a aproximação das eleições e as turbulências internas.
Apesar disso, alguns agentes financeiros devem aproveitar a oferta de privatização da Eletrobras, que será precificada amanhã (9), para monitorar o apetite de mercado para novas ofertas.
Já as emissões de follow-on (ofertas subsequentes) seguem resilientes, com o volume emitido chegando a R$ 904 milhões em maio, o que representa uma alta em relação aos R$ 629 milhões registrados em abril. No ano, o volume de emissões já alcança os R$ 12,8 bilhões.
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