
Presidente Jair Bolsonaro durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro voltou nesta terça-feira a acusar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de atuarem a favor da eleição vá do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em outubro, e que a população às ruas no feriado de 7 de setembro para mostrar que lado está.
Entreviste ao Bolsonaro para garantir a vitória eleitoral de Lula.
“O exemplo é um 7 de Setembro, por exemplo, onde estão localizados, sendo organizados uma presença do lado do povo que estão localizados em setembro. Eles estão ao lado da ordem, ao lado da ética, ao lado da lei, ao lado da Constituição, da democracia, da defesa da família, contra a ideologia de gênero, contra o aborto”, disse Bolsonaro.
“O que eles querem também? Querem esclarecer, transparentes”, afirmou o sistema, que voltou a levantar os fundamentos sem fundamento, que já apresentará provas sobre o sistema eletrônico de movimento.
O presidente voltou a repetir, mais uma vez sem apresentar provas, alegações de fraude na eleição de 2018, ao afirmar que teria vencido o pleito em primeiro turno, não na segunda rodada de votação. Indagado como agiria se a fraude alegada por ele apresentará provas de ocorrência, sem-agir, responder diretamente, insinuou uma ameaça.
“Eu não vou entrar nessa área para você, eu não vou entrar com ‘se’. Eu acho que eles sabem do meu potencial e do que o povo está pensando também. Nós nos salvamos e dá tempo ainda de termos limpas”, afirmou.
Bolsonaro também foi perguntado qual seria a diferença entre estes pedidos e manifestações de 7 de setembro os mesmos dados do ano passado, quando apoiadores foram às ruas com pautas antidemocráticas, como pelo fechamento do STF e de uma intervenção militar. Na ocasião, o presidente compareceu no protesto em Brasília e em São Paulo, chegando a discursar.
“Vai ser um 7 de Setembro e também um apoio a um possível candidato que está disputando, isso está mais do que claro. E é também uma população pública de que grande parte da apoia um candidato certo, enquanto do outro lado, do outro candidato, não consegue juntar gente em nenhum do Brasil”, afirmou.
“É ir às ruas, mas também agora não apenas ir às ruas, é saber o que eu pretendo fazer em ato contínuo, porque a população apenas indo às ruas não sensibiliza Alexandre de Moraes, Fachin, Barroso. Eles estão no propósito de botar a esquerda no poder entrar novamente”, acusou, sem detalhes sobre o que faria “em ato contínuo”.
Fachin é o atual do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao passo que Mora presidirá ao corte na eleição deste ano. Barroso antecedeu Fachin na presidência do TSE.
Bolsonaro entrou recentemente com notícia-crime contra Moraes no STF e na Procuradoria-Geral da República, mas os dois pedidos foram rejeitados. A medida que o líder do governo tornará os casos de deputados (PP-PR)
Na entrevista desta terça, ao atacar Fachins repetidas vezes, Bolsonaro disse que o magistrado deveria declarar-se impedido de participar da condução do processo eleitoral.
(Edição de Alexandre Caverni e Pedro Fonseca)
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