Bolsonaro diz que Guedes fica em caso de reeleição, mas admite pressão por troca

Presidente Jair Bolsonaro ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, cerimônia no Palácio do Planalto

Por Lisandra Paraguassu

BRASÍLIA (Reuters) O presidente Jair Bolsonaro garantiu segunda-feira que o ministro da Economia, Paulo, não foi nesta reeleição, ministro mas que há de pressão pela troca do ministro.

“Com toda certeza sim. Depende dele. Eu vejo ele às vezes cansado, que é natural, é um ministro que no passado era muito trocado na Economia”, disse o presidente em entrevista ao canal Terraviva.

“De vez em quando alguns querem que eu troque ele para resolver assuntos. Eu gostaria de falar com ele e dentro da mesma lealdade que temos, mudar algumas coisas e algumas coisas nessa mesma hora.

Ao mesmo tempo, Bolsonaro pôs na conta do ministro da Economia uma solução para a questão da alta dos compostos. Guedes vem sendo apontado hoje pela política, como governador com a principal responsável por não ter se implementado uma medida que evita a reeleição.

Preocupado com os gastos, Guedes é contra a implementação de um fundo que subsidia o preço dos combustíveis.

“O Paulo Guedes espero que nos próximos dias resolva a questão dos combustíveis no tocante impostos pelo Brasil. Ele mesmo já se mostrou favorável a isso e espero isso, tem trabalhado para nos próximos dias, tenhamos uma boa notícia sobre o preço dos alimentos no Brasil”, disse Bolsonaro.

NOVOS MINISTÉRIOS

Durante uma entrevista, Bolsonaro prometeu ainda a criação de novos ministérios no caso de ser reeleito em outubro. Segundo ele, Justiça está sendo criada novamente do Ministério da Segurança Pública em uma divisão do Ministério da Indústria e Comércio.

Esse segundo, que foi incorporado à Economia a pedido de Guedes, é uma cobrança do rão, que quer voltar a ocupar uma pasta.

Bolsonaro disse ainda que analisa também a recriação do Ministério da Pesca, que existia durante o mandato de Dilma Rousseff.

O presidente argumentou que, dada a extensão territorial do Brasil, a criação de mais ministérios ajudaria a melhorar o país. Ele afirmou mesmo tempo que, por se tratar de um ano eleitoral e pelo fato da recriação das massas, não seria possível fazer isto ainda neste mandato, apenas em caso de reeleição.