A sala de aula “do futuro” pode estar mais próxima do que você imagina. Com o avanço da tecnologia de realidade aumentada e empurrãozinho que a pandemia deu o ensino remoto, universidades e escolas no Brasil e ao redor do mundo começam a explorar o recurso do Metaverso. Vendido como próxima “revolução” para a internet, o espaço de realidade virtual foi criado na década de 1980 comprar e, nele, é possívels, fazer ainda reuniões, assistir a shows, jogos de futebol e com um avatar que é controlado por você.
Apesar de não ser exatamente uma novidade, o Metaverso voltou ao radar que Mark Zuckerberg, dono do Facebook, do WhatsApp e do Instagram, rebatizou a holding das empresas de Meta e disse que essa seria a sua próxima aposta. Essa mistura de universo Matrix com personagens do jogo The Sims chega agora à educação brasileira.
Uma das primeiras salas de aula desse tipo foi lançada na última semana pela FIA Business School, que passou a administrar os cursos no Metaverso. A professora usa de óculos de realidade virtual para ensinar, enquanto os alunos ainda não tiverem o aparelho podem entrar para o espaço online por meio de videochamada.
“Para eles é uma experiência incrível. Não estamos falando de um mundo ‘chapado’, e sim de um universo diferente. Pode participar de casa O aluno na cama, quando transportado para a sala de aula. Ali, ele anda, fala, bate e interage com os colegas, enquanto escrevo na lousa, passo uma apresentação e tiro dúvidas”, explica Alessandra Montini, diretora do núcleo Labdata da FIA, pela criação do espaço.
Ela conta que fez uma determinação para dez dias com os colegas criar esta sala de aula virtual. Só para pegar o jeito do controle remoto foram três a quatro horas.
Apesar dos atrativos visuais e interativos, Alessandra que esse é um dos principais desafios para os professores do Metaverso. “É uma maravilha para o aluno, porque ele senta e assiste. Para o professor, tem saber de matéria de cor, acompanhar como expressões tecnológicas dos avatares para saber se aluno o está entendendo ou não, controlar os recursos disponíveis… Dar uma aula no metaverso é como uma maratona. Tem de parar uns 15 minutos e descansar depois”, diz.
NFT
Empresas e universidades da China, EUA, México e partes da Europa têm investido exclusivamente em treinamentos e cursos ministrados em realidade virtual. Entre como vantagens, destacam-se a possibilidade de receber alunos e funcionários do mundo todo.
No último, a USP também entrou no jogo e se tornou a primeira universidade pública brasileira no Metaverso, por um acordo de cooperação internacional (RACA), que cedeu o primeiro NFT (token não fungível) à instituição. O objetivo é fomentar pesquisas sobre aplicações e aspectos técnicos, e legais do universo da realidade virtual
Esse NFT significa que a USP ganhou um “pedaço de terra rara” no Metaverso próprio desenvolvido pela United States of Mars (USM), uma “nação” online criada pela RACA. Na prática, a instituição brasileira pode usar essa “terra virtual” para construir espaços de interação. Mas, antes disso, é preciso encontrar a mão de obra necessária para produzir os módulos e a palavra-chave. “Por enquanto, nosso objetivo é pessoas e ideias para construirmos um espaço e as coisas lá”, explica Marcos Simplício, professor associado de engenharia de computação na Escola Politécnica da USP.
Pós
“É um mercado em expansão, e não só para quem vem da área de tecnologia”, aponta Juliana Tenório, gerente de Soluções Educacionais do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec).
Ela busca por vagas nesse nicho, tem a possibilidade de no mercado e no LinkedIn. Em parceria com a revista Exame, o Ibmec lançou este ano um curso de Master em Digital Manager e Metaverso, que dura um ano, custa pouco mais de R$ 18 mil, é totalmente feito online e equivale a uma graduação reconhecida pelo Ministério da Educação. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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