Recentemente, o veterinário Luiz Fernando Guaraná viralizou nas redes sociais quando mostrou o atendimento que fez a Karla, um elogio-a-deus que rompeu o abdômen quando caiu de um armário. O médico trabalha na clínica veterinária São Paulo, que é especializado em atendimento a animais de variedade não convencional.
UMA louva-a-deus passou por uma pequena cirurgia de sutura na região do abdômen depois de ter caído de um armário, mas infelizmente Karla morreu depois de ter o procedimento. Quem informou a morte do animal foi veterinário através da sua conta no Instagram.
“Infelizmente, a Karla acabou falecendo. Ela se recuperou da anestesia e da cirurgia, a gente pode colocar os vídeos aqui para vocês em outra publicação. A gente fica bem triste, bem chateado. Esse não era o que a gente queria. Fique a lição para a gente de valorização da vida, com qualquer indivíduo que seja. Fica uma gratidão muito grande”, disse o veterinário.
Caso

G1
Para quem não se lembra do caso, o veterinário da Exotic Pets atendeu a louva-a-deus recentemente. E mesmo que ele trabalhe em uma clínica de animais de estimação não convencional, Karla, com certeza, foi a mais exótica que ele atendeu até o momento.
“Agora, quando me perguntarem que animal mais que eu já atendi, a minha resposta, na verdade, certamente, vai ser louvado-a-deus. Hoje, foi dia de fazer um atendimento inusitado, único, uma experiência completamente diferente de todas as outras. Com o um achado, até o momento, muito bacana o veterinário em vídeo.
Além do animal de ser, uma das coisas chamou a atenção de Luiz Fernando para a relação de Karla e a família dona do animal de estimação. “Os proprietários possuem outro louva-a-deus em casa, ambos criados como animais de estimação, com nomes e características próprias. Hoje me tocou muito ver o apego da família e o quão preocupados estavam com o animal, isso é importante cada vida independente da espécie que estamos lidando”, comentou o veterinário.
Louva-a-deus

G1
Ter um louva-a-deus como pet é bastante incomum. Mas esses animais têm comportamentos que chamam a atenção e muita gente não sabe. Por exemplo, as fêmeas de louva-a-deus comem os seus companheiros. Claro que esse comportamento tem uma razão de existir.
De acordo com um estudo de 2016, publicado nos Proceedings da Royal Society B., o motivo para isso ser possível quando o macho é comido, ele aumenta a chance de transmitir seus genes.
Cerca de 25% dos encontros sexuais de um louva-a-deus inclui o canibalismo, em que a pessoa literalmente arranca a cabeça do companheiro fora. Com isso, ele está, em essência, oferecendo seu corpo como um presente. Esta dádiva sexual não é incomum em insetos.
De uma perspectiva evolutiva, essa prática faz muito sentido. Até porque, como suas fêmeas de louva-a-deus podem compartilhar o aumento de nutrientes com ovos fertilizados, o que dá melhor chance de sobreviver aos filhotes.
“O canibalismo sexual aumenta o investimento do macho nos descendentes”, disse Wiliam Brown, coautor do estudo e cientista da Universidade do Estado de Nova York.
Para ter certeza desse benefício do canibalismo dos louva-a-deus, os pesquisadores incorporam aminoácidos radioativos em grilos, que então serviram de alimento para uma população de louva-deus machos. Depois, cada um dos machos foi colocado em par com uma dessas fêmeas.
Seguindo o fluxo de suas proteínas radioativas dos corpos das fêmeas, os modelos projetados para serem elaborados a partir dos machos devorados. Os machos que foram transmitidos pelos parentes de 90% cerca de 90% deles foram enviados por eles. Todos foram enviados via ejaculação.
Uma parte significativa dos aminoácidos foi passada para os bebês, o que indica que não foi totalmente metabolizada pelas fêmeas. Isso significa que, além da ejaculação do macho, seu tecido corporal também estava sendo usado na produção de ovos. O macho, através de sua morte, fornece alimentos para sua prole.
Além disso, as fêmeas de louva-a-deus que comeram seus parceiros produziram mais ovos do que as que não comeram. Em média, as fêmeas canibais produzem cerca de 88 ovos, enquanto outras produzem cerca de 37.
Imagens: G1
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