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Diante do aumento de diagnósticos positivos de Covid no país, alguns municípios estão voltando a exigir a obrigatoriedade do uso de máscaras em certas circunstâncias, como dentro de locais fechados e em viagens no transporte público. A maioria dos governos, entretanto, deixa a decisão para o critério pessoal.
Nesta quinta-feira (2/6), durante evento em Brasília, o ministro da Saúde, Marcela Queiroga, afirmou ser contrário à obrigatoriedade de máscaras. “O uso da máscara é um direito de cada um, não estamos impedindo o uso de máscaras. Impor o uso das máscaras, além de não funcionar é muito difícil de fiscalizar”, afirmou.
O infectologista Julio Croda, pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz, acredita que a obrigatoriedade não é necessária uma vez que boa parte das pessoas está vacinada e os casos que chegam aos hospitais são, neste momento, em sua maioria, leves.
Croda lembra, entretanto, que pessoas idosas e imunossuprimidas não devem abandonar o item de proteção. “Para esses grupos, o uso de máscara é fundamental, pois a vacina nem sempre atinge o nível de proteção pretendido. No entanto, mais importante do que a obrigatoriedade das máscaras, é avançar na vacinação para todos os grupos”, aponta.
Qualidade das máscaras
A epidemiologista Lígia Kerr, vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), também reforça a necessidade do esquema vacinal completo, e sugere que as máscaras sejam retomadas em ambientes fechados, no transporte público e onde haja aglomeração de pessoas.
“O vírus continua em circulação. O aumento de casos ocorre devidos à flexibilização das medidas restritivas. Sugiro que as pessoas voltem a usar máscaras de boa qualidade, como a PFF2, em ambientes fechados, no transporte coletivo e em locais de aglomeração”, afirma.
O infectologista Julival Ribeiro também é favorável ao retorno das máscaras. “As pessoas relaxaram em relação às medidas preventivas, sobretudo o uso de máscaras. É um vírus respiratório, além da vacina, as máscaras são a forma que temos para nos proteger”, aponta.
Sazonalidade
O médico intensivista do Hospital Brasília, Rodrigo Biondi, afirma que o retorno do uso das máscaras em ambientes fechados é ainda mais importante nesta época do ano, tendo em vista que há uma maior circulação de doenças virais.
De acordo com ele, isso ocorre pois as pessoas ficam mais em locais fechados para se abrigar do frio. Além do uso da máscara, o profissional recomenda manter o calendário vacinal e evitar aglomerações para reduzir a propagação do vírus.

A Prefeitura do Rio de Janeiro foi a primeira a anunciar o fim do uso obrigatório das máscaras contra a Covid. Contudo, para alguns grupos de risco, o uso da máscara ainda é altamente indicado Getty Images

Imunossuprimidos: o grupo considera, por exemplo, pessoas com câncer, HIV, transplantados e outros com o sistema imune fragilizado, o que deixa o paciente mais suscetível a infecçõesGetty Images

Além de continuarem usando máscaras, é essencial que os imunossuprimidos mantenham o calendário vacinal atualizado, sempre que possívelGetty Images

Pessoas com comorbidades: este grupo ainda será obrigado a utilizar o equipamento de proteção, uma vez que é considerado um dos mais vulneráveis, segundo a Prefeitura do RJGetty Images

As comorbidades são condições que podem aumentar a chance do desenvolvimento da versão mais grave da doença. O recomendado é que cada caso seja avaliado particularmente por um médicoGetty Images

Idosos: somado ao envelhecimento do sistema imunológico, grande parte do grupo recebeu a vacina Coronavac, que possui uma eficácia menor se comparada com outras. Tendo em vista a resposta imunológica dessas pessoas, a recomendação é que mantenham o uso da máscara e evitem aglomerações Getty Images

Não vacinados: inclui quem não recebeu nenhuma dose, apenas 1 aplicação ou está sem a dose de reforço, pois estão mais vulneráveis ao vírusGetty Images

Crianças: assim como os outros grupos, os pequenos também são vulneráveis por não estarem com a cobertura vacinal completa. Porém, não foram incluídos no grupo que deve manter o uso obrigatório da máscara

Segundo as diretrizes da ONU, adolescentes com 12 anos ou mais devem seguir as mesmas recomendações da OMS para uso de máscara em adultos Getty Images

Em relação às crianças menores de cinco anos, elas não precisam usar o item. Para os especialistas, nessa faixa etária, elas podem não conseguir usar uma máscara adequadamente sem ajuda ou supervisão Getty Images

Em áreas onde a Covid-19 está se espalhando, recomenda-se que crianças de 6 a 11 anos usem uma máscara bem ajustada em ambientes pouco ventilados e sem distanciamento social Getty Images

Profissionais de saúde e outros: grupos que estão expostos a uma grande circulação de pessoas durante o dia de trabalho, como caixas de supermercado, cobradores de ônibus e profissionais que trabalham em hospitais, devem continuar usando a proteção, mesmo que não seja obrigatório Getty Images
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