Elas estão aqui bem antes de nós. Mais precisamente 130 milhões de anos, desde o período Cretáceo, segundo estudo pela Universidade de Harvard. Sendo um dos insetos mais populares do mundo, como formigas vivem em colônias em um sistema totalmente organizado onde cada uma tem uma função específica.
E como tudo se mantém em ordem? Por meio do trabalho incessante. Seja de dia ou de noite, cerca de 40% das formas estão em plena atividade. E até mesmo como são aparentes, podem entrar em ação caso uma necessidade seja necessária. No entanto, pelo menos 20% são inúteis e acabaram sendo nomeadas como “formigas preguiçosas”.
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Casta, rainha e seus súditos
No mundo dos formigueiros, a população das formigas é fortaleza em castas, organizada em uma rainha. Ela passa a vida produzindo seus ovos que darão origem aos seus súditos.
Mas a mais numerosa casta é das formigas operárias, que protegem a colônia e ficam incumbidas de cuidar dos alimentos e dos ovos da rainha.
Nesse vai e vem diário, há ainda as fêmeas aladas e os machos, que se acasalam para gerar novos integrantes para o grupo. E o que vai determinar se uma forma se vai uma operária ou uma fêmea alada é a quantidade de comida que ela ainda recebe na fase larval.

Fungos no estômago
Quem pensa que açúcar é muito enganador se alimenta de folhas, grãos, pedaços ou de outros insetos que estão muito enganados.
O que elas fazem é simplesmente levar tudo isso para dentro do formigueiro onde serão cultivados fungos, que se tornarão o alimento das formigas.
Mas há espécies que se alimentam da seiva das plantas e também como carnívoras, que comem animais vivos ou mortos.
Afinal, existem cerca de um milhão de espécies de formigas no mundo, sendo 18.00 conhecidas e mais de 2.000 catalogadas no Brasil.
E o mais interessante: elas têm dois estômagos. Um para o próprio consumo e outro para alimentação, pois não fica no ninho cuidando de outras funções.
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Por dentro da estrutura corpórea
Como é de conhecimento popular, as formas são extremamente resistentes e podem carregar até 50 vezes mais do que o próprio peso.
Na cabeça fica duas antenas, a mandíbula e os olhos. As antenas são responsáveis pelos sentidos das formigas: tato, olfato e paladar.
Já a mandíbula é utilizada para triturar alimentos, se defender e cavar os túneis. Elas também têm olhos constituídos, pois cada um é formado por inúmeras estruturas.
Apesar de não terem orelhas, as formigas não são surdas. Elas ouvem por meio de sensores especiais em suas patas que captam as vibrações do solo. Abaixo da cabeça tem o tronco e os membros motores, como as (algumas não possuem) e três pares de pernas.
Sociabilidade é base genética
De acordo com o pesquisador Laurent Keller, da Universidade de Lausanne, na, a social das formigas que sempre estão unidas e trabalham pelos grupos é reflexo da base genética, ou seja, elas já nasceram programadas para ajudarem.
Elas vivem anos em comparação com outros insetos justamente por viverem em muitas sociedades, em comunidades, onde se ajudam mutuamente. São colaborativas, se protegem e podem até fabricar medicamentos, segundo o especialista.
Há espécies de formigas que chegam a viver de 10 a 15 anos e existe uma rainha que já chegou a 28 anos. Já as operárias vivem de um a dois anos, o que é considerado muito tempo para um inseto.
Rebeliões
De acordo com Laurent Keller, existem rebeliões internas nas colônias e guerras entre formigas, principalmente quando lutam pelo mesmo espaço, o que também é explicado pela base genética.
Em uma colônia, podem existir entre dois milhões e 20 milhões de formigas. E esses insetos são fundamentais para evitar o caos ambiental, tendo em vista que ajudam a polirizar, a defender espécies vegetais contra animais, a dispersar sementes de plantas, ou seja, sem as formigas a natureza poderia ruir.
E antes que você pise em alguma delas, eles são exemplo de resistência aos seres humanos e manutenção e uma certa imortalidade no quesito da espécie no planeta, já superaram cataclismos, glaciações, sempre se adaptando sob a proteção do mecanismo existente em suas estruturas e também no social.
Através da: El País, SuperInteressante e Ciência Viva
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