
Instalações de geração distribuída com painéis solares em Porto Feliz, interior de São Paulo
Por Letícia Fucuchima
SÃO PAULO (Reuters) – A Comerc Energia está avançando no plano estratégico de agregar uma base de ativos de geração solar e eólica à plataforma de soluções e serviços para grandes e pequenos consumidores, com a expectativa de sua triplicar a capacidade operacional 2024, para pelo menos 1,5 gigawatt (GW), disse executivos à Reuters.
A companhia, que passou a ter uma Vibra como acionista, tem obras de parques solares para geração centralizada e distribuída, ao mesmo tempo em que aquisições no mercado para ampliar o portfólio.
Os negócios de geração ocorrem em meio à intensa procura de consumidores pela energia, mais barato e competitivo, e junto da chegada da Vibra, que trouxe ao grupo robusto de crédito para o financiamento e uma carteira de clientes a ser aproveitada, disse o co-CEO da Comerc, André Dorf.
“Com todos os desafios de logística, de Capex e taxas de juros que estamos vivendo, nossos projetos são bastante competitivos, temos avançados conforme o ‘business plan’ lá de trás”, afirmou ele.
Fundada há 2 anos, a se consolidou como dos principais comercializadores e como parceiros de mercado livre nos últimos anos, como a geração de energia complementar, seus clientes principais para vender nos últimos anos, venham a gerar energia complementar a seus clientes, a frente de energia complementar, e investir em novas carteiras, e investir em novas carteiras , como baterias e eficiência energética.
Hoje, o grupo tem cerca de 500 MW em usinas operacionais. Para crescer, prevê 6,2 bilhões de reais em investimentos, principalmente na solar, no período 2021-2023 –fora para aquisições.
No passado, a Comerc fechou acordo com o BTG Pactual e Energea Global LLC para comprar usinas de geração distribuída solar, pelo valor de 200 milhões de reais.
Novos movimentos do tipo continuam no radar, disse Dorf. “Faz de uma estratégia nossa de sempre comparar ‘greenfield’ com aquisições, essa parte bastante complementar do ponto de vista operação com aquilo que já temos.”
O executivo afirmou ainda que, depois de maturados, “daqui dois a três anos”, os ativos de geração devem responder por 75% do Ebitda da Comerc.
SOLAR SEM FOCO
A maioria dos aportes da Comerc está direcionada à energia solar, mercado em que atua por meio da Mercury Renew –empresa dedicada a grandes empreendimentos de geração–, Mori Vagalume –focadas em geração compartilhada, para pequenos clientes.
A Mercury Renew já tem quatro projetos solares em operação, em Pernambuco e Minas Gerais, e mais quatro em obras ou perto do início da construção. Com isso, a previsão é atingir uma potência total de 1,6 GW entre 2023 e 2024, disse Pedro Fiuza, CEO da Mercury Renew.
Já em geração distribuída, a Mori Energia ergueu 35 usinas solares desde 2019 e está projetada quase 60 este ano, num “novo ciclo de investimentos”, afirmou o CEO, Matheus Nogueira.
A atuação da Mori está focada na geração compartilhada, atendendo consórcios ou cooperativas de consumidores. “Temos muito cliente residencial, que consome 200 kilowatts/mês, entre 150 e 200 reais de conta de luz”, disse Nogueira, acrescentando que a empresa está aproveitando a “janela de oportunidade” criada pela aprovação do marco regulatório do segmento.
Já no caso da fonte eólica, o Comércio tem atualmente participação minoritária, de 20%, nos parques da Casa dos Ventos. Os projetos em parceria somam 1,5 GW de capacidade instalada, de modo que a companhia cerca de 300 MW ao portfólio.
“Não temos nenhum projeto eólico no radar para ter 100%, o que a gente avalia são oportunidades como essa, da Casa dos Ventos”, disse Dorf.
SINERGIAS
A Vibra concluiu nesta semana a aquisição de ações da Comerc, tornando-se titular de 48,7% do capital social total da companhia.
As companhias já vêm explorando sinergiais, principalmente para tornar os 18 mil clientes corporativos da Vibra em clientes Comércio, segundo Dorf.
“O cliente (da Vibra) vai passar a contar o portfólio, que é a migração, fazer o mercado livre, como baterias, eficiência energética na planta, passar uma geração de autoprodução complementar para seus funcionários.”
Ele não falou especificamente sobre negócios já fechados, mas disse que há “conversas muito boas” em projetos gerados distribuídos e produtos de gestão de energia.
(Por Letícia Fucuchima)
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