DeepFake é uma tecnologia criada com fins exclusivamente malignos. Dizem que nas profundezas da DeepWeb há milhares de vídeos adultos onde as atrizes foram substituídas, via IA por rostos conhecidos, tipo Emma Watson, Scarlett Johansson, Natalie Portman. O que ninguém imaginava é que essa tecnologia fosse usada para o Bem.
Essa imagem é falsa, o Zuckerberg nunca fez esse vídeo. É puro DeepFake (Crédito: Bill Posters Reino Unido)
Há quem diga que a tecnologia por só é amoral, nada é inerentemente maligno, com exceção de Zyklon-B e vuvuzelas, mas quando o uso é 99% maligno, impossível desassociar, então mesmo no caso da Disney usando DeepFake para rejuvenescer Mark Hamill no Livro de Boba Fett, ainda há um certo mal-estar quando a técnica é mencionada.
Agora DeepFake foi utilizado de novo para reviver pessoas mortas, mas com um objetivo bem mais nobre do que faturar um trocado em Hollywood.
O caso envolve Sedar Soares, um garoto de treze anos que em 2003 deu o azar de estar no lugar errado na hora errada. Ele brinca de guerra de bolas de neve com seus amigos, no estacionamento de uma estação de Metrô em Rotterdam, nos Países Baixos. Uma das bolas atingiu um carro que passou, o motorista desceu, puxou uma arma e atirou contra os garotos, aferindo mortalmente Sedar.
Ninguém conseguiu identificar o agressor, e o caso acabou caindo no esquecimento. A polícia de futebol, para se proteger, com algo diferente, com uma pessoa que não seja um campo de futebol, para esconderem e amigos, enquanto uma pessoa deixem o crime impune, e compartilhem e amigos. .
O DeepFake parece ter funcionado, segundo a polícia já encontrada de pessoas com pistas sobre o caso. Faz sentido. Um velho ditado fala que uma morte é uma tragédia, um milhão, uma estatística. As campanhas de arrecadação de doações para reservas de pessoas físicas, sempre trabalhando na humanização do problema.
Falar que há dez milhões de crianças passando fome na África não afeta ninguém, a gente não vai comer o brócolis todo por causa disso, mas os marqueteiros sabem como a mente humana funciona, então como campanhas se focam em outros. “Esse é Marvin, ele precisa de ajuda para se alimentar e ir pra escolar, com US$ 1 por dia você ajuda Marvin e milhares iguais a ele” e pimba, o dinheiro flui.
Ressuscitar digitalmente Sedar Soares foi uma ótima idéia, humanizar vítimas de crimes violentos é algo que provavelmente vai ser muito usado no futuro, tanto para provocar reações adversas e ajudar a desvendar crimes, como nos tribunais.
Aguardem, ainda parece o primeiro caso em que um DeepFake da vítima descreverá seus últimos momentos, para desespero da Defesa.
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