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Alvo de questionamento do Ministério Público Federal (MPF) 12 dias antes da morte de Genivaldo de Jesus Santos, 38 anos, durante abordagem policial de uma equipe de agentes, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou ao Metrópoles neste domingo (29/5) que a “disciplina de direitos humanos não deixou de ser aplicada durante a formação de novos policiais”.
“A matéria passou a ser transmitida de forma transversal em todas as matérias abordadas durante o curso de formação policial”, informou a Coordenação-Geral de Comunicação Institucional da PRF. O departamento se pronunciou sobre ofício enviado pelo MPF à diretoria da corporação, no último dia 13, com prazo de 20 dias para resposta ao documento.

Agentes da PRF colocam Genivaldo de Jesus Santos em viaturaReprodução

Dentro do carro, foi feita uma espécie de “câmara de gás”, que causou a morte de Genilvado por asfixia, segundo laudo do IMLReprodução

Genivaldo tinha 38 anos e sofria de esquizofreniaArquivo Pessoal

Em entrevista à TV Sergipe, a esposa de Genivaldo, Maria Fabiana dos Santos, disse que os policiais agiram “com crueldade” ao lidar com o marido

O enterro de Genivaldo foi marcado por choro, gritos e aplausos. A PF e o MPF abriram investigações para apurar o casoMaterial cedido ao Metrópoles
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“Retrocessos”
No ofício, a procuradora da República Mariane Guimarães de Mello Oliveira apontou retrocessos na PRF e recomendou que as comissões de direitos humanos e a disciplina sobre o assunto do curso de formação dos agentes fossem restituídas na corporação.
A PRF informou ao Metrópoles que “possui em sua estrutura uma área específica para tratar das questões de direitos humanos”. De acordo com o órgão, essa responsabilidade fica a cargo do Serviço de Direitos Humanos (SDH), que, conforme acrescentou, “gerencia as ações da área em todo o país”.
“A PRF possui operações recorrentes com as temáticas de direitos humanos, visando combater ações que afetam a dignidade da pessoa, como o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, combate ao trabalho escravo, ao tráfico de pessoas, dentre outras”, exemplificou a corporação.
A Polícia Rodoviária Federal ressaltou que, em 2021, foi lançado, em parceria com o Ministério da Mulher e dos Direitos Humanos, o projeto Vida PRF, que tem como objetivo dar assistência à saúde mental de policiais que estejam necessitando de atendimento psicológico.
No sábado (28/5), a PRF mudou de posição e afirmou que viu “com indignação” as imagens da abordagem de quatro policiais rodoviários federais que resultou na morte de Genivaldo. No início, a corporação defendera a ação dos policiais como de uso proporcional da força.
Esclarecimentos acerca dos fatos ocorridos na cidade de Umbaúba/SE. pic.twitter.com/ibCjKzb04W
— PRF Brasil (@PRFBrasil) May 29, 2022
Entenda o caso
Durante abordagem policial na quarta-feira (24/5), Genivaldo foi colocado dentro de uma espécie de “câmara de gás” improvisada no porta-malas de uma viatura da PRF, em Umbaúba (SE). A ação foi registrada em vídeo e acompanhada por pessoas presentes no local.
Segundo a polícia, a abordagem de quatro policiais rodoviários federais a Genivaldo foi motivada pela falta de capacete. O homem conduzia uma moto quando os integrantes da força de segurança deram ordem para ele parar.
Os policiais alegaram “desobediência” e resistência à prisão. Genivaldo foi jogado na parte de trás da viatura. Os agentes atiraram bomba de spray de pimenta e o deixaram trancado se debatendo e tentando respirar. Um dia após a morte do homem, a PRF determinou o afastamento dos agentes envolvidos.
De acordo com laudo do Instituto Médico-Legal (IML), Genivaldo morreu por asfixia mecânica e insuficiência respiratória aguda.
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