
João Doria (PSDB), em 2016, e Artur do Val (União Brasil) e Daniel Silveira (PTB) em 2018, entrou na vida política, cada um à sua maneira, prometendo mudanças e com umas variações de um mesmo discurso antissistema.
Agora, após acumular uma vida pública de ocorrências de tombos semanas ocorridas as últimas, o grupo uma frustrada corrida presidencial, uma ocorrência de mandato e uma fornecida pelo Supremo Tribunal Federal (STF)com cada um dos nomes seu futuro próprio incerto.
Para cientistas políticos ouvidos pelo Tempos de dinheiroapesar de trajetórias e quedas diferentes, todos os três tinham a mesma “pedra no sapato”.
Quedas em série
Ao final de abril, o ex-deputado federal Daniel da Silveira foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal pelos crimes de coação e atentado ao Estado Democrático de Direito, ao proferir ameaças de incentivo à violência e aos ministros da corte no início do ano passado.
Salvo da prisão pelo perdão presidencial– ou indulto da graça — concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) um dia depois da decisão do STF, Silveira escapou apenas momentaneamente de perder seus mandatários e direitos políticos.
À espera de decisão da Câmara dos Deputados sobre sua situação eleitoral, Silveira já não encontra em posição de proteção do presidente, que disse em entrevista que mal conhece Silveira, inclusive em dúvida ou fato de ele ser chamado pela imprensa de “bolsonarista”.
Na véspera (25), o procurador geral da República Augusto Aras constitucional ser favorável à inelegibilidade do deputado, apesar de considerar ser o indulto concedido pelo presidente
Já o ex-deputado estadual Arthur do Val não contorno com graça nenhuma ao ser unanimemente cassado pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) no dia 17 de maio, o resultado do vazamento de áudios no início de março em que se falavam “mulheres ucranianas, porque são pobres”.
Com a cassação, veio também a inelegibilidade pelos próximos oito anos.
E recentemente, uma segunda-feira (23), uma segunda-feira no ninho dos tucanos ganhou ainda mais contornos com a saída então então presidente ao presidente João Doria da eleição. Mesmo vencedor das prévias do partido, Doria não conseguiu apoio político ou suficiente dentro de sua própria legenda para se manter como o candidato da chamada “terceira via”.
O ex-governador tinha pequeno, mas visível nas pesquisas, como André Janones e sua substituição na escolha dos partidos e sobrenomes possíveis como o ex-presidente. Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Bolsonaro, Simone Tebet. Mas, em seu pronunciamento, Doria afirmou não ser a escolha da cúpula do PSDB e que “deixa a disputa com o coração ferido, mas com a alma leve”.
Para especialistas ouvidos pelo Tempos de dinheiroalgo em comum em três pessoas, em suas questões comuns de proporções, alcançaram muito e conseguiram alcançar pouco na política brasileira.
Apoio faz falta
O cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp-SP) Paulo Ramirez vê a ascensão e queda das três figuras, mesmo que com aspectos diferentes umas das outras, como partes fundantes de um mesmo fenômeno — o fraco traquejo na vida política.
“A política é feita de partilha. E quando esses são políticos, eles se fortalecem, pois não podem apoiar partidária. Acabam tendo essas bandeiras buscando que os próprios partidos não levam adiante, pois têm tradição de diálogos e consensos”, afirmou.
Marco Antônio Teix, professor de ciência política da FGV, ressalta que é importante os caminhos pelos quais Doria e os outros dois políticos foram lançados.
Enquanto Dos Sociais figuram a linha “tradicional se aliado a como Geraldo Alckmin e disputado redes prévias em seu partido, Silêncio e Do Val são as “da mídia” e as redes sociais. Isso, inclusive, foi fator determinante para os deputados federais e estaduais protagonizarem mais dramáticos que o tucano, como a fortagon, pelo STF para Silveira e a caso de Do Val.
“O Doceria, da mesma forma que começou meteoricamente carreira e almejou meteoricamente a presidente da república, sucumbiu, pois foi colecionando inimigos. Não fez aliança, não foi costurando, foi expelindo do lado dele e tratando mesmo pessoas partido como inimigas. O caminho foi”, explicando o jogo dentro do jogo.
“Já o Silveira e Do Val trouxeram para a política a impressão de que tudo poderia ser feito e que a política era um campo aberto. Estavam previstos a respeito da medida, lugar de onde foram estabelecidos, que estão previstos o limite da civilidade, do respeito da restrição. E aí, a corda danificada”, explicou.
“Nos casos política, faltou fazer, e principalmente a noção de que a política é um processo civilizatório, um processo de soma, e não três de divisão”, disse.
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