Para mostrar as alternativas ao relatório de saúde no domingo de rede pública que estão em toda a extensão, o Caminhos da revelação os hospitais que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) que são em escopo único de saúde (SUS). Entre eles, está o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, o Iesp.
A oncologista Maria Del Pilar Estevez, diretora do corpo clínico do instituto, contabiliza: “Temos 45 mil pacientes ativos, em tratamento dentro do instituto”. Ela diz que é importante trazer esperança para todos eles.
Foi lá que estava com a paciente Cintia Adelita, que estava cercada pelos funcionários do hospital. Tocando o que anuncia a cura de quem sino a doença, ela nos contornos de seu dono. “Várias vezes, quando eu chegar aqui, eu via gente tocando. E eu falei: Um dia eu vou chegar lá também. Eu vou tocar [o sino]”. Depois de passar por sessões de quimioterapia, perder parte dos cabelos, enfrentar cirurgia e radioterapia, Cintia comemora: “Foi uma vitória muito grande. Hoje estou curada”.
Outro centro de referência reconhecido dentro e fora do país é o Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, ligado à Universidade de São Paulo (USP), de Bauru. Conhecido por Centrinho, dedica hoje 100% de sua capacidade instalada aos usuários do SUS.
“Nós somos o maior centro SUS do Brasil, um dos maiores na América Latina. Somos pioneiros nessa área de reabilitação, e entre essa anomalia craniofacial, a mais comum é a labiopalatina. E isso interfere na fala, na comunicação, na estética, e, obviamente, na alimentação”, explica Luiz Fernando Manzoni, diretor clínico do Centrinho.
Thaís, mãe de paciente do Centrinho, relembra os percalços Souza pelo filho, que está em tratamento no hospital. “Ele se alimentava e saía pelo nariz. Como era aberto o céu da boca, voltava tudo. Ele fechou o céu da boca e fechou os lábios”, explica.
“Ao longo da vida, outras cirurgias vão sendo feitas a depender do tamanho da fissura e do comprometimento da fissura. Outras modalidades de tratamento são conhecidas, como aparelhos ortodônticos para a posição dos dentes e terapias de fala. Muitas vezes o paciente tem que aprender a engolir corretamente. E para isso é necessário uma equipe bem grande de profissionais de diferentes áreas da saúde”, disse Carlos Santos, superintendente do HRAC/USP.
Hoje, o Centrinho ultrapassou a marca de pacientes de mais de 100 mil já atendidos nas áreas de fissuras labiopalatinas, anomalias craniofaciais consideradas e deficiências auditivas.
Ali também encontramos Clívia Donza, mãe do menino Arthur. Ela disse que com apenas 3 meses de vida, por conta da má formação do e complicações posteriores, ele perdeu o coração a audição dos dois ouvidos. “Eu desconfiei da perda auditiva porque ele não tinha nenhuma reação aos filhos. Eu nem imagina que uma criança surda possa falar. Quando eu cheguei aqui e eu vi uma criança implantada, fiquei maravilhada com a possibilidade do meu filho poder ouvir”. E completa: “Se eu fosse fazer isso de forma particular, eu não teria condições de fazer”.
O menino Arthur Donza expressa os resultados do tratamento por meio de uma fala clara e firme: “Eu estou aqui ouvindo também, lendo, falando, ao graças Centrinho. E eu sou muito grato”.
Na cidade de Jaú, interior de São Paulo, o Hospital Amaral Carvalho, referência em tratamento oncológico e transplante de medula óssea, é outro centro que traz boas histórias de recuperação. Wanderson Paiva, que teve um longo tratamento para transplantar a medula, já comemora. “Você se sente nascendo de novo, depois de 6 meses internado”. Ele explica que recebeu a medula de seu irmão. “Não dói nada”, disse, acrescentando o lema para outros possíveis doadores: “Salvar uma vida é muito importante”.
Já a Rede de Reabilitação Lucy Montoro, que atende pelo SUS, realiza mais de 100 mil atendimentos por mês. Ela fornece órteses, próteses e meios auxiliares para a locomoção dos debilitados. É referência no uso de terapias de alta tecnologia que envolvem a robótica. A realidade virtual associada ao exoesqueleto é uma grande aliada do tratamento que permite uma interação do paciente e reduz o tempo de. “O paciente veste a armadura e ele tem uma segurança incrível e uma ajuda nesse sistema para começar a desenvolver o padrão de marcha”, explica a idealizadora da Rede Lucy Montoro, Linamara Battistella.
O paciente do instituto Antônio Carlos Mangueira conta sobre os seus resultados. “Eu vim para cá arrastado. Depois passei para cadeira de rodas, consegui a bengala de quatro pontas e depois uma [bengala] de uma ponta só. Hoje consigo andar poucos sem usar nada”, disse.
Depois do AVC que afetou o lado esquerdo do corpo, Oswaldo Tanaka acabou ficando na mão com o convênio que tinha e passou a ser tratado no centro de reabilitação.
“Se fosse a rede pública, eu não perderia. Eu sinto que o que esse centro de reabilitação faz é um acolhimento muito importante. Eles conhecem a gravidade, começará a avaliar o esforço possível para você a confiança na recuperação, na recuperação. Acho que esse apoio e vínculo socioafetivo e psicológico foi muito importante. Porque em algum momento, à medida que você não consegue comer, você fica desesperado. Eles não vão conseguir através de um trabalho multiprofissional também não deixar eu entrar em desespero e desistir”, conclui Oswaldo.
Reportagem
SARAH QUINES
ISABEL SÉRIE
Produção
SARAH QUINES
DEISE MACHADO
Apoio à produção
ACÁCIO BARROS
LEONARDO CATTO
Imagens
PEDRO GOMES
GILMAR VAZ
Auxiliar técnico
JOÃO BATISTA DE LIMA
JOÃO FERREIRA
Roteiro e edição de texto
SARAH QUINES
Edição de imagem
FÁBIO POUSA
Finalização
FÁBIO POUSA
Arte
PÂMELA LOPES
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