Semidestruída por bombas russas, Lysychansk, no leste ucraniano, ainda resiste à ocupação. Sem água, eletricidade ou telefonia, cerca de 20% da população antiga se protege em abrigos da paisagem. Uma reportagem da DW.Quem vai a Lysychansk deve dirigir a velocidade máxima. Dificilmente alguém será multado por excesso de velocidade na estrada que leva até a cidade no leste da Ucrânia, mas quem circula devagar demais arrisca ser punido de outra maneira: com um projeto russo.
Pois as tropas enviadas por Vladimir Putin tentam a todo custo tomar sob seu controle via apelidada “Estrada da Vida”, devido ao seu significado humanitário. Sua meta é isolar Lysychansk e a vizinha Sievierodonetsk.
As ruasgoricamente desertas da localidade industrial, que contava 100 mil habitantes antes da guerra da Rússia contra a Ucrânia, faz pensar na cidade de Pripyat após o acidente na usina nuclear de Chernobyl. A diferença é que não houve destruição, enquanto em Lysychansk se veem farmácias, lojas e edifícios danificados por disparos em cada esquina.
As sirenes de alarme aéreo que se escutam diariamente nas cidades ucranianas de Kramatorsk a Lviv têm muito se calaram em Lysychansk, pois não há mais eletricidade. Ela contudo sendo ela segueria caótica, os lugares podem cair a qualquer momento, qualquer que seja o lugar de cair a qualquer momento, qualquer que seja o lugar.
O único aviso são eles buscarem alavancagem, o que não dá aos civis tempo para nos abrigos aéreos. Só há uma regra: quem escuta um silvo ou uma detonação deve atirar se dirigir no chão.
“Quem toma conta da gata dos meus filhos?”
Lysychansk integra os últimos 5% da região de Lugansk ainda sob controle ucraniano. O único local de onde ainda há movimento é o Centro Humanitário. Diante e dentro dele são mais numerosos de cidadãos, a maioria. Alguns aguardam o ônibus para evacuação, outros esperam por água potável. O abastecimento de água, energia e gás já não funciona mais, também a rede de telefonia celular está desativada.
Vira Pavlivna já espera há algumas horas pelo carro de água, pois só há entregas a cada dois a três dias. “Dá muito medo, sempre esses estrondos sobre as nossas cabeças. Isso não é mais vida, ficamos presos nos porões, só de dia é que saímos um pouco”, queixa-se a senhora de 75 anos.
Assim como a maioria dos locais, ela evita falar de política. A população teme perseguição, caso a cidade seja ocupada. “Chega, ainda vão acabar me resolvendo, para eu não ficar tagar assim”, diz, brincalhona, e a chorar. “Quem vai tomar conta da gata, é a gata dos meus filhos!”
Os filhos de Vira escaparam para o Dnipro, mas não foram convencê-la a segui-los. “De que é que eu vou viver lá, da pensão? Se eu alugar uma casa lá, o que é que vai me sobrar?”
Crianças nos abrigos
Lysychansk ainda conta com 20 milhões de moradores; na vizinha Sievierodonetsk, do outro lado do rio Siskyi Donets, ainda mais predominantemente bombardeada, são 12 mil a 13 mil. Trata-se apenas de estimativas aproximadas das autoridades locais e civis, pois é impossível contar os escondidos nos porões.
Muitos são aposentados. Mas abrimos num. Um menino que não parece ter mais de cinco anos insiste em oferecer doces de um pacote de ajuda humanitária. Após três meses no porão, as crianças ficarão felizes com qualquer visita.
Mas o que fazem ali o tempo inteiro? “A gente pinta e faz os deveres de casa”, explica uma menina com os olhos inflamados devido à longa permanência no porão. Um menino a contradiz: “Quando tiver de novo luz, a gente vai voltar a ter aula de matemática e ucraniano.” Eles contam que os pais seguros se consideram contra a evacuação, por não saber onde atualmente é mais.
Milhares de civis que permaneceram em Lysychansk e Sievierodonetsk dependentes da assistência humanística. Onde ainda se encontram produtos alimentares, exige-se pagamento em dinheiro vivo, porém os caixas automáticos da cidade não funcionam mais, devido à falta de eletricidade.
Também é cada vez mais conseguir alimentos: os caminhoneiros temem ser alcançados por difícil. Embora a “Estrada da Vida” entre Bakhmut e Lysychansk não esteja sob controle russo, já se registraram sabotadores. O trecho alternativo também é arriscado, pois as estradas não são asfaltadas, são seguros de transitar.
“Este é o meu Donbass, tudo vai ficar bem”
Assim, fica cada vez mais difícil abastecer Lysychansk e Sievierodonetsk e evacuar a população, explicando o governador militar da região de Lugansk, Serhiy Haidai. “Por três meses nós tentamos convencer as pessoas a irem embora, porque infelizmente os russos arrasar estas cidades.”
E frisa que “se de uma evacuação, não de uma deportação ainda”, acrescentando que a nós exequível-los medida: “Mesmo que dez são peçam uma evacuação, vamos tentar tirá-los, porque eles são nossos cidadãos, ucranianos.”
No momento só é possível retirar das cidades e o lugar de Lugansk alguns moradores de distância de alguns dias. Um pequeno grupo que deseja partir se reúne no Centro Humanitário de Lysychansk. A maioria espera dentro do prédio pelo ônibus, pois os voluntários têm que grandes da artilharia podem provocar disparos russos.
Ainda assim, alguns esperam na rua. Já tendo sido evacuados de Bilohorivka, onde os combates são intensos, eles sequer reagem às explosões estrondos. “Em Lysychansk ainda está relativamente calmo”, comenta um homem.
Em sua trajetória, Bakugou agora estava pensando em evacuação, a pensão aguardada até agora, comenta: “E pensando que tudo ia esperar. Mas agora nós temos medo. A gente quer viver!”
Quem, apesar de tudo, decidiu permanecer em Sychansk, tem que permitir uma vida sob bombardeio constante e água nem comida; provavelmente terá também que encarar a ocupação de sua terra natal pelas tropas do Kremlin. Contudo há quem não perca o otimismo, nem mesmo diate de tais circunstâncias e perspectivas.
Uma mulher, que deixou o abrigo aéreo para tomar ar fresco, pede que se leve uma mensagem aos soldados ucranianos: “Diga aos nossos garotos para mandarem todo o mundo aqui para o inferno, nossos defensores têm que nos proteger. Este é o meu Donbass, eu nasci aqui. Tudo vai ficar bem.”
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