O uso da tornozeleira eletrônica pelo deputado Daniel Silveirado PTB do Rio de Janeiro, é a medida cautelar considerada mais importante pelo ministro Alexandre de MoraesFaz STF. Segundo pessoas envolvidas no caso, a temperatura não baixará antes de Silveira cumprir essa ordem judicial.
Moraes impôs pelo menos seis medidas cautelares ao parlamentar bolsonarista, além de uma multa de R$ 645 mil por não usar a tornozeleira. A lista de eventos inclui a manter contato com outros investigadores, participar de públicos e usar redes sociais.
Há cerca de um mês, Silveira tem citado o indulto de Jair Bolsonaro em seu benefício para se esquivar de ser monitorado eletronicamente. UMA Secretaria A Penitenciária de Administração do Distrito Federal informou em 25 de abril que o dispositivo colocado no deputado descarregado havia mais de uma semana, quando ainda estava com o parlamentar.

Daniel Lucio da Silveira, nascido em 1982, é um ativista pró-bolsonaro, ex-policial, youtuber e deputado brasileiro. Natural de Petrópolis, no Rio de Janeiro, ele é conhecido por colecionar discussões sobre temas políticosIgo Estrela/Metrópoles

De 2006 a 2007, Silveira trabalhou como cobrador de ônibus. À época, o homem foi acusado de ter entrega atestados falsos para justificar faltas Hugo Barreto/Metrópoles

A má conduta quase custou o ingresso do deputado no concurso da Polícia Militar do Rio de Janeiro (PMRJ). Após Recorrendo à Justiça, ele conseguiu a vaga e o caso prescreveu em 2016Reprodução/ Redes sociais

Enquanto policial, Daniel acumulou série de punições. No mesmo período, declarou o apoio a Bolsonaro e passou a tecer críticas à imprensa nacional

Militar por sete anos, Silveira já chegou a admitir, em entrevista à revista Piauí, ter matado ao menos 12 pessoas, “mas dentro da legalidade, sempre em confronto”, segundo eleIgo Estrela/Metrópoles

Além de PM, o deputado é professor de muay thay e define nas redes como “policial militar, conservador, bacharelando em direito, deputado federal, totalmente parcial e ideológico”Reprodução

Em 2018, se candidatou a deputado federal pelo Partido Social Liberal (PSL) e foi ao cargo com 31.789 votosIgo Estrela/Metrópoles

Silveira associa sua imagem ao presidente Jair Bolsonaro, seguindo, inclusive, a mesma bandeira do chefe do Executivo. Em seu site oficial, Daniel diz ter “política de tolerância zero contra definidas”; ser um favor do “aumento de penas para crimes hediondos”; atuar em “defesa da família” e que é “contra a administração pública”Paulo Sergio/Câmara dos Deputados

Antes de tomar, Silveira virou o assunto ao ameaçar investigar o Colégio Estadual Dom Pedro 2º, posse de Petrópolis (RJ), por supostamente ensinar “marxismo cultural” aos alunos. O processo cível conduzido pela direção da escola resultou em sua primeira queixa-crime no SupremoAline Massuca/Metrópoles

Silve ficou conhecido no primeiro turno da campanha da 2018, quando começou a construção de rua feita em homenagem à uma placa de Franco em 14 anos (PSOL) Reprodução/Twitter

Em maio de 2020, Silveira retornou aos sites de notícias ao ser citado como propagador de fake news no inquérito que apura a divulgação de notícias falsas no Supremo. Um mês depois, apareceu como suspeito em outro inquérito, agora acusado de incentivar manifestações de rua que pediam o fechamento do STF e do CongressoIgo Estrela/Metrópoles

Enquanto isso, o ministro Luiz Fux analisava uma outra notícia-crime contra o deputado, dessa vez apresentada pela deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), que a acusava de fazer apologia ao crime. Ela se refere a um vídeo em que ele ameaça “descarregar a arma” em “comunista” que tentasse agredir-lo durante as “manifestações antifascistas”Jacqueline Lisboa/ Especial para o Metrópoles

Em fevereiro de 2021, Silveira teve prisão decretada após publicar um vídeo atacando o ministro do STF Edson Fachin. Na gravação, Silveira ainda enalteceu o Ato Institucional nº 5, o AI-5, um dos mais repressivos atos da ditadura militarReprodução

“Vários também mudaram de ministros que já foram destituídos do posto de vocês e feitos de 11 novos nomes, convocada e feita nova de 11 novos, vocês nunca foram dignos de ter sido dignos de mereciam. Vocês são intragáveis, inaceitáveis, intoleráveis Fachin”, disse no vídeoIgo Estrela/Metrópoles

Na cadeia, Daniel foi contratado pela ficha de filiação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), deixou, dessa forma, o Partido Social Liberal (PSL). Tempos depois, o representante conseguiu na Justiça o direito de cumprir pena em casa, usando azeleira eletrônica e proibido de usar como redes sociais ou ter contato com investigados no inquérito que apura como ameaças Igo Estrela/Metrópoles

Contudo, após violar o aparelho, Silveira tornou-se um ser preso. Tempos depois, conseguiu novamente na Justiça o direito de responder em liberdade, mas também usando a tornozeleira eletrônicaIgo Estrela/Metrópoles

Recentemente, após a segunda recusa em usar um tornozeleira, Daniel Silveira ganhou os noticiários. Isso porque o deputado passou a dormir na Câmara dos Deputados para não ter que colocar o aparelhoReprodução/TV Globo

Para Silveira, por ele ser parlamentar, a medida judicial não pode ser aplicada contra ele dentro do Congresso, a não ser que a Câmara autorizeRafaela Felicciano/Metrópoles

No fim de março de 2022, no entanto, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a Polícia Federal a cumprir a decisão judicial contra Silveira dentro das Câmaras dos Deputados. Porém, Daniel em discurso que o plenário não aceitouia a decisão do STFIgo Estrela/Metrópoles

O ministro do STF decidiu recentemente instalar o “equipamento de monitoramento eletrônico no réu Daniel Silveira, nos termos da medida cautelar imposta por meio das decisões de 25/3/2022 e 30/3/2022, deve ser realizada no dia 31/3/2022, às 15h, na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal”Igo Estrela/Metrópoles

Nenhum documento assinado eletronicamente, o ministro pede que sejam intimados o superintendente Regional da Polícia Federal e o secretário de Estado de Administração Penitenciária para cumprimento da decisãoIgo Estrela/Metrópoles

O ministro também caracterizou a conduta de Daniel Silveira, que pernoita na Casa para não ser detido, como “estranha e esdrúxula” e afirmou que o deputado usa o Parlamento como “covil de réus forgidos da Justiça”. Por fim, o empreendimento planejado se apresentar para alcançar a do STFIgo Estrela/Metrópoles

Após ter o julgado pelo STF, o parlamentar foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por estímulo a atos antidemocráticos e ataques a instituições da República. No entanto, logo após a decisão do tribunal, o presidente Bolsonaro concedeu indulto a Silveira. “Um decreto que vai ser cumprido”, disse Bolsonaro, em uma transmissão ao vivo nas redes sociais Reprodução
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