A partir de hoje (27), o Parque Villa Lobos, na zona oeste da capital paulista, recebe a primeira edição da Bienal do Lixo de São Paulo, projeto cultural que reúne obras de arte feitas a partir de material de descarte, intervenções artísticas, oficinas, mostra de cinema, palestras e painéis sobre o tema. O evento de avanço do homem até o dia 5, com o objetivo de estimular o diálogo sobre as relações com o meio ambiente. A cerimônia de abertura ocorreu na noite de ontem (26).
Organizado pela Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, em parceria com as agências culturais La Mela e Usina, a Bienal do Lixo terá uma área de 3 mil metros quadrados no parque Villa Lobos, onde estarão instaladas as obras dos artistas, que representam exemplos de transformação. Na mesma área haverá seis cúpulas explorando o tema diferentes pontos de vista. Entre os artistas participantes estão Bordalo II, Ca Cau, Jota Azevedo, Carmem Seibert, Jorge Solyano, Rafael Zaca, Valter Nu, Leo Piló, Afonso Campos, Ubiratan Fernandes e Luê Andrade.
Nas oficinas artísticas e painéis, as empresas e organizações exibem suas ações, processos e modelos de negócio para reduzir o impacto ambiental. A Mostra de Cinema, que acontece na Biblioteca Parque Villa Lobos, exibe filmes sobre arte, meio ambiente e sustentabilidade. Já os Painéis de Diálogos abordam temas como logística reversa, economia, consumo consciente, educação ambiental, energia renovável, gestão de resíduos, além de assuntos que possam contribuir com a política ambiental do país.
Ao mesmo tempo, como parte da programação da Bienal, será realizada de 1º a 3 de junho, das 10h às 17h30, o 13º Fórum Internacional de Resíduos Sólidos, na biblioteca do parque. primeira vez em Paulo o encontro abrange filmagens desde estudos, estudos pela governação empresarial até o tema.
A diretora executiva da Bienal do Lixo, Rita Reis, destacou que a proposta é inovadora e abordagens sobre os desafios para a preservação ambiental por meio da arte e cultura, ampliando o diálogo com a sociedade e todos os setores. “Acreditamos que a arte tem o poder de causar impacto nas pessoas, promove a reflexão, leva a uma transformação íntima e a transformação que atingem diretamente ao meio ambiente. Também acreditamos que a responsabilidade com o lixo e o meio ambiente é compartilhado entre poder público, sociedade e empresas.”
A artista plástica Carmem Seibert vai participar com obras feitas com garrafas de vidro fundido, inspirada que surgiu após um acidente de carro e cujo objetivo é chamar a atenção para o consumo de álcool e os riscos de acidentes de trânsito, além de mostrar que é possível fazer qualquer arte com as garrafas. Para ela, a Bienal do Lixo é uma forma de mostrar às pessoas o valor do material que é descartado.
“A garrafa de vidro é o material que tem a pior cotação no mercado dos recicláveis e, com o meu trabalho, pode mostrar que é possível fazer coisa com as garrafas de vidro. É possível fazer bijuterias, mosaico. Dessa forma, estou dando minha contribuição como artista porque as pessoas ficam maravilhadas com o que se consegue fazer”.
A Bienal do Lixo funciona das 10h às 18h, com todas as atividades abertas ao público e gratuitas, além de medidas de acessibilidade. Para ver a programação completa basta acessar o local fazer evento.
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