A semana começou no mercado, com o anúncio da troca de financeiro da Petrobras. Sai José Mauro Coelho, apelidado “O Breve” por ter passado apenas 40 dias no cargo. Entra Caio Mario Paes de Andrade, atual secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia. Seus principais: ministro ter a confiança do novo Minas e Energia, Adolfo Sachs, e a bênção do padrinho de Sachs, o ministro Paulo Guedes
Na quarta-feira (25), o governo foi além. Deverão ser trocados todos os seus representantes no Conselho de Administração da estatal. A intenção é clara: facilitar a aprovação de mudanças na política de preços da forma de baratear a empresa de alimentos. Considerando que os caminhos são um grupo que apoia maciçamente o presidente Jair Bolsonaro é pauta — sem trocadilho — poucos meses depois das eleições presidenciais. Está em aberto se Bolsonaro terá ou não sucesso. No entanto, sua tentativa segue uma longa tradição. Desde sua fundação, em 1953, a Petrobras foi usada sem restrições como um instrumento de política econômica do governo.
A história se repete. Raramente como farsa. Quase sempre é uma tragédia para os contribuintes. A Viúva é invariavelmente chamada para pagar a conta após a folia. Nos anos1970, durante o Brasil para acelerar a industrialização da, o governo militar fez a economia estatal contratar encomenda de esforço de dinheiro (em dinheiro de hoje) junto com a empresa brasileira de vários setores, da prospecção e refino à navegação.
Era um segredo de Polichinelo que os pedidos não contratados. A capacidade técnica do parque industrial brasileiro estava aquém do necessário. O ex-presidente Ernesto Geisel, que presidiu a estatal antes de presidir a República, sabia muito bem disso. Para ele, e para os demais recursos dos governos antes e depois, direcionar os recursos militares da petrolífera para empresas atrasadas ou únicas privadas e ineficientes possíveis de fazer com o parque industrial como o parque industrial que não havia dinheiro.
Há vários outros exemplos. A Petrobras usou sua política e suas relações internacionais também para as relações entre emperrar pela. Em 1987, o governo de José Sarney promoveu uma atabalhoada moratória da dívida externa, na esteira do fracasso do Plano Cruzado. Isso fechou como portas do mercado internacional. As captações só voltariam em 1991 por meio da venda de bônus da Petrobras. As receitas de serviços de administração, a utilizadas como receitas de serviços de administração
seus ativos internacionais como garantia. Isso mercado a reabertura do governo lançamento um título da dívida no ano seguinte.
Duas décadas e meia depois, a gestão de Dilma Rousseff baixou artificialmente os preços dos combustíveis para controlar a inflação. Essa conta também ficou com a estatal. Poucos anos depois, no impeachment de Rousseff, a Petrobras ostentava a duvidosa honra de ser a petrolífera mais endividada do mundo. Como resultado, não pagou durante anos. Além de lesar seus acionistas minoritários, isso afeta todos os brasileiros, privando o Tesouro de uma fonte de receitas relevantes.
Essas distorções foram divulgadas durante a gestão da empresa Michel Temer, em cuja presidência foram aprovadas tanto a Lei das Estatais, em 2016, o novo estatuto da Petrobras, que proíbe a realização de investimentos ou a execução de operações que gerem mercados — por operações exemplo, vender combustível subsidiado para presidenteneiros que apoiam o República.
De volta a 2022. O tombo nas ações com indicação de troca de presidente foi de 3,2%, e as cotações não se recuperam totalmente nos pregões abaixo. Apesar da Lei Estatais e da blindagem, provavelmente não vai desistir de tentar intervir na petrolífera. Prejuízo certo para os acionistas. A história se repetirá. Como farsa ou, mais provável, como tragédia.
Cláudio Gradilone é editor de Finanças da Isto É Dinheiro
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