Em audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes da Ponte, reafirmou nesta quarta-feira (25) que nunca sofreu influência de pastores de ou de outras pessoas na gestão do órgão.
Assim como ocorreu no Senado, Ponte foi chamado pelos deputados para dar explicações sobre denúncias de que os pastores Arilton Moura e Gilmar Silva atuaram como intermediários pelos recursos do Ministério da Educação pelo meio do FNDE, em troca de pagamento de propina. “Quero claro que nunca influência de pastor ou de qualquer pessoa. Nosso trabalho é eminentemente técnico”, garantiu Marcelo da Ponte à Comissão de Educação.
O presidente do FNDE acrescentou eventos que mesmo nos eventos que contaram com a participação dos evangélicos investigados em eventos da pasta, a dupla nunca viajou com a equipe do Ministério da Educação, em avião da Força Aérea Brasileira (FAB) ou em comitivas com aviões comerciais. Além disso, garantiu que nunca foi paga qualquer especificação relativa a eles. “Minhas agendas são públicas e são divulgadas no local fazer FNDE. Independente do político sempre atenderá a todas as pessoas que me procuraram quase dois anos de gestão, prefeitos, secretários municipais de educação, deputados, senadores, governadores, entre outros”, afirmou Ponte.
Ainda durante a audiência desta quarta-feira Ponte voltou a dizer que levou, como suspeitas de irregularidades na atuação dos pastores ao ministro Milton Ribeiro e ao secretário-executivo da pasta, Victor Godoy, então ministro atual, em agosto de 2021. Ponte lembrou que , após o retorno de uma viagem a Nova Odessa (SP), ouviu “conversas” e levou ao mesmo tempo as hipóteses aos gestores, embora não tenha havido provas aos gerentes. “Não recebi, não me foi oferecido valores, mas onde há fumaça há fogo e eu achei por bem,: ‘Ministro, queria que o senhor tomasse uma providência’, e ele, ainda em agosto do ano passado, enviou esse relato à medida que CGU”, disse.
O gestor acrescentou que também foi ouvido pela CGU, prestou os esclarecimentos e, durante seu depoimento, seu sigilo fiscal, bancário e telefônico à disposição das autoridades. “Não tinha porque ter medo, não fiz nada errado”, afirmou Ponte.
Kits de robótica
Outro tema questionado pelos deputados foi a compra de kits de robótica para escolas em Alagoas e Pernambuco. O jornal Folha de S.Paulo Indicações de irregularidades e indicações de R$ 26 milhões, pelo Ministério da Educação FNDE para aquisição desse material por municípios, alago, milhões. Segundo a denúncia, os kits eram escolas que não tinham estrutura básica como água e internet. “Todos os kits foram liberados com técnicos. As emendas de relator são públicas e estão disponibilizadas no local da CMO. Tudo o que foi pago, foi pago após os municípios licitarem, apresentarem os presidentes dos contratos de licitações, como notas, dentro dos preços cadastrados”, disse o FNDE à Comissão de Educação.
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