O médico que ficou conhecido como Doutor Peludo, investigado pelo Conselho Regional de Medicina (CRM-DF) por postar vídeos de sexo com pacientes dentro do fevereiro o qual atendia foi vítima de assalto em ano. Desde então, Lino Neves não tem acesso às contas do Instagram e WhatsApp.
O roubo ocorreu durante uma viagem ao Rio de Janeiro (RJ), mas o boletim de ocorrência só foi registrado no DF. No documento policial, Lino afirma que alguém, usando seu perfil na rede social, passou a vários golpes se passando por ele.
Segundo consta no BO, um dos seguidores do médico viu uma postagem da suposta venda de um videogame em seu perfil, entrou em contato e chegou a fazer uma transferência em via Pix para o golpista. Na tentativa de ajudar a Polícia Civil do DF (PCDF) a identificar o responsável pelo golpe, o infectologista passou todos os dados da chave Pix que conseguiu. Nela contava e-mail e CPF do destinatário do dinheiro. O e-mail de recuperação da conta foi assim como o número de telefone
O caso é investigado pela 2ª DP (Asa Norte) como crime falso de identidade.
Sexo com pacientes
Lino Neves é investigado pelo CRM-DF por, supostamente, sexo com pacientes e até colegas de profissão nas dependências de uma clínica em que atendia no DF. As descrições profissionais eram corriqueiramente publicadas de saúde em uma conta que mantém no Twitter. O perfil foi deletado pouco tempo depois da primeira reportagem sobre o caso publicado pelo Metrópoles.
Autodenominado “PeludoAN” (abreviação para Asa Norte, bairro de classe média alta de Brasília), o infectologista gosta de explorar o próprio fetiche: após registrar as relações sexuais, seja por foto ou vídeo, ele compartilhava o conteúdo pornográfico no perfil, com direito uma legendas provocativas. “Consultório me dá um tesão da porra”, diz o médico na descrição na rede social.
Durante as filmagens, Neves faz uso, na maior parte das vezes, de objetos bastante conhecidos da profissão: jaleco e estetoscópio. Todo o dispositivo é utilizado para garantir que as cenas foram feitas no local de trabalho, no decorrer do plantio.
Veja os vídeos:
Nos vídeos, bastante explícitos, Neves foca em cenas de sexo oral, com direito a “happy end” (até o coito). O perfil dos pacientes é variado: loiros, morenos, cabeludos ou carecas. O fetiche por homens casados é escancarado quando o personagem das filmagens é um paciente que usa uma aliança dourada na mão esquerda. “C* de casado é bom demais pra cair de cara”, escreveu o infectologista numa das legendas.
“Consultório, já viu: tesão na certa, com o tanto de macho gostoso que passa comigo”, diz ele em outra publicação. Entre os posts, há também registros de sexo grupal com outros homens. Estes, porém, são feitos em ambiente doméstico.
Nos vídeos, expostos em perfil aberto, o especialista em infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) engole o sêmen de um seguro. “Se tem mamada, tem leitada. Tá aí o final da mamada com o enfermeiro no meio do plantão. Não resisti ao meu oral, e ainda ganhei porra até o final e feliz”, registrado em outra legenda.
Por uma questão de respeito ao leitor, a edição embaçou a imagem dos vídeos divulgados na conta secreta. A mais recente publicação é do dia 22 de maio (domingo).
Veja fotos do médico:

O médico usa jaleco e estetoscópios nas filmagens, e diz fazer sexo com pacientes e enfermeirosReprodução / Twitter

Nas redes sociais, o especialista tem perfil oficial e um secreto

O médico também dá palestras sobre doenças sexualmente transmissíveisReprodução / Twitter

Especialista atuava no Núcleo de Cardiologia de Brasília, clínica localizada no SudoesteReprodução / Internet

Após denúncia, o médico será investigado pelo CRM-DF

O profissional gravava cenas de sexo supostamente dentro de um consultório

Ele criou um perfil no Twitter para compartilhar seu fetiche

Especialista ouvido pelo Metrópoles criticou a postura do infectologista
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Consulta
A reportagem do Metrópoles intencional, por dois dias seguidos, marcando uma consulta com o infectologista no Núcleo Cardiológico de Brasília (NCB), clínica particular no Sudoeste, bairro nobre da capital federal. Apesar de as filmagens terem sido feitas durante o expedições não foram feitas dizer que foram realizadas, como ocorridos no local.
Nesta terça-feira (24/5), o administrador da unidade de saúde do corpo informado que o especialista havia sido desligado do médico da instituição particular. “O Dr. Lino não trabalha mais na clínica, e sobre essa denúncia no CRM, não tenho conhecimento nem fui notificado”, afirmou Josué Cardoso.
Um recado que foi encontrado na infectologista unidade de saúde para notícias, mas retornasse as ligações da reportagem, mas retornasse. Houve tentativa de contato também por meio das redes sociais, igualmente sem retorno. O espaço aberto permanece para manifestações.
Acionado, o Conselho Regional de Medicina (CRM-DF) adiantou que um procedimento vai apurar a conduta ética do profissional de saúde. A investigação, porém, em sigiloso. “O CRM-DF investigará a denúncia de uma sindicância. O procedimento correrá em sigilo para verificar se há indícios de infração ética”, afirmou.
Conscientização
Ativista no combate à disseminação do HIV/Aids, Cristiano Ramos, que preside a organização não governamental Amigos da Vida, critica a postura do profissional de medicina. Segundo ele, a prática, por mais que seja consentida, reforça uma irresponsabilidade combatida sobre o sexo sem proteção.
“Mesmo que seja com consentimento, acho um verdadeiro absurdo essa prática. Primeiro, por estar em ambiente médico, onde a intenção é tratar como patologias. Segundo, porque outros pacientes estarão naquele ambiente logo em seguida. E, por fim, o paciente e quem consome aquele material na internet naturaliza ainda mais o sexo não seguro, o que atrapalha todo o trabalho que fazemos sobre a conscientização do ato sexual com proteção”, disse.
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