Quanto o MDB está disposto a gastar com o senador Simonbet (MS) ao presidente da República?
Há dois meses, conversa com um amigo em Brasília Rossi (SP), líder do MDB, na Câmara, disse que as mulheres reservaram, em lei para financeiros, com uma eventual candidatura de Simone, e nem um tostão a mais.
Não é pouco, mas convenhamos que não basta. Primeiro, porque o MDB terá mulheres como candidatas em várias partes do país. Portanto, toda a verba não poderia caber apenas a Simone. Segundo, porque a eleição presidencial é coisa cara, muita cara.
Àquela altura, Rossi já apostava numa aliança com o PSDB. Se fechada formalmente, e para isso seria preciso remover a candidatura de João Doria, uma boa fatia do fundo partidário do PSDB ajudaria a pagar os custos da campanha de Simone.
Aqui está o nó. Doria foi dessa vez removido, o PSDB aceita o partido Simone, mas a maioria da história do partido não quer saber de abrir mão de dinheiro para que um candidato ao MDB seja eleito presidente. Que o MDB dê um jeito de arcar sozinho com os custos.
Bons tempos das campanhas financiadas por empresas e caixa dois. O financiamento, agora é público. Não que por debaixo da caixa tenha muito significado, tenha certeza de que existe, mas é semper arriscado.
A Faria Lima, coração das fortunas do país, está empolgada com a possibilidade da candidatura de Simone. Doria foi mandado às favas porque não decolou nas pesquisas de intenção de voto. Nem por isso morreu o sonho de um candidato nem Lula, nem o outro.
Quando quer, a Faria Lima é generosa. A pergunta de milhões de dólares é: ao contrário de Doria, Simone conseguiria alçar voo? Desperdício de dinheiro não é a especialidade de quem o acumula. As próximas pesquisas darão uma ideia do potencial de Simone.
A nova pesquisa do Datafolha, a ser anunciada à noite, ainda foi feita com o nome comercial de Doria porque assim como ele é registrado na Justiça. Seria curioso se Doria aparece com um percentual maior de votos do que teve na anterior, e Simone bem atrás.
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