
Clubes brasileiros ainda não exploram todo o potencial de suas marcas em redes sociais como YouTube e Instagram (Crédito: Viktor Szabó/Pexels)
Futebol profissional é definido de cifras bilionárias em todo planeta. E cada vez mais. No Brasil, em particular, a temporada marca a entrada do país em patamares nunca antes do esporte atual. Por um lado, os primeiros dois grupos anunciando balanços com receitas na casa do bilhão. O Flamengo, com R$ 1,081 bilhão e superávit de R$ 177 milhões, o maior de sua história. E o Palmeiras, que encostou na casa bilionária com receitas de R$ 972 milhões e superávit de R$ 123 milhões. Por outro lado, os jogadores mergulham no mercado da moda. Amazon Prime, o serviço de streaming do gigante entretenimento, passou a transmitir jogos da Copa do Brasil este ano. A empresa já transmitir torneios de ponta da Europa.
Outro ponto de virada ocorre nas redes sociais. Os dez clubes mais populares do Brasil, segunda pesquisa do Datafolha de 2019 (a mais recente) mostra que entre os 160 milhões de brasileiros com mais de 16 anos o Flamengo lidera em número de adeptos. O ranking, com margem de erro de dois pontos, está assim (clube/porcentual de torcedores/quantidade de torcedores):
Flamengo 20% 32,0 milhões
Corinthians 14% 22,4 milhões
São Paulo 8% 12,8 milhões
Palmeiras 6% 9,6 milhões
Cruzeiro, Grêmio e Vasco 4% 6,4 milhões
Inter-RS e Santos 3% 4,8 milhões
Atlético-MG 2% 3,2 milhões
No YouTube, os canais oficiais trazem conteúdos exclusivos, o que atrai parte desses torcedores. O mais expressivo é o dos Santos, que tem o equivalente a 2% de seus torcedores3 também conectado na plataforma. Na sequência vêm Flamengo (20%) e Palmeiras (18%). Num ranking dos mesmos dez clubes (clube/seguidores no YouTube/porcentual em relação ao total de torcedores) temos a seguinte situação.
Flamengo 6,5 milhões 20%
Corinthians 1,6 milhão 7%
São Paulo 1,6 milhão 12%
Palmeiras 1,7 milhão 18%
Cruzeiro 489 mil 7%
Grêmio 800 mil 12%
Vasco 1 milhão 15%
Inter-RS 330 mil 7%
Santos 1,1 milhão 23%
Atlético-MG 537 mil 17%
Por mais que haja exemplos positivos, ainda não dá para competir com o líder global disputa, o canal oficial do Barcelona, com 13,4 milhões de inscritos, quase o dobro de seu rival, Real Madrid (7,7 milhões). No Instagram, a briga nacional traz um fenômeno chamado Atlético-MG. O clube tem 2,3 milhões de seguidores no canal, o que seria equivalente a 72% de todos os seus torcedores acima de 16 engajados na rede social. Em absolutos, o Flamengo segue na liderança, com 13,3 milhões de pessoas conectadas a sua conta oficial. O ranking está assim:
Flamengo 13,3 milhões 41%
Corinthians 7,2 milhões 32%
São Paulo 4,3 milhões 33%
Palmeiras 3,9 milhões 40%
Cruzeiro 1,9 milhão 29%
Grêmio 2,2 milhões 34%
Vasco 1,8 milhão 28%
Inter-RS 1,6 milhão 33%
Santos 1,8 milhão 37%
Atlético-MG 2,3 milhões 72%
No mundo, Real Madrid (117 milhões) e Barcelona (108 milhões) têm mais seguidores somados que quase cinco vezes a população da Espanha (47 milhões). O PSG, que quase nunca venceu uma Champions League, traz 60 milhões de pessoas em sua conta no Instagram. São exemplos de uma atuação consistente em canais digitais transforma marcas globais em organizações globais.
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