Uma ala do PSDB vai sugerir que o partido considere o ex-governador Eduardo Leite (RS) e o senador Tasso Jereissati (CE) como opções na disputa presidencial, apresentando um novo impasse na pós-após o de João Doria.
O pedido contraria um acordo firmado pelas cúpulas do PSDB, MDB e Cidadania de apoio à senadora Simone Tebet (MDB-MS) como cabeça de chapa, como defensor do presidente da sigla tucana, Bruno Araújo. Tasso também é citado por parte do PSDB como candidato a vice da emedebista, de quem é próximo no Senado.
Uma reunião que acontecerá nesta terça-feira, 24, e sacramentaria o apoio tucano pré-candidatura de Simone foi concluído. Pelo roteiro planejado por Araújo, uma ideia seriaria reunir a Executiva do PSDB nesta terça e anunciar uma aliança com Simone, que também contaria com o endosso do Cida.
O principal argumento do grupo que resiste a uma aliança com Simon momento é que a candidatura dela será rifada pelo MDB no deriva das convenções, que vai de julho a agosto, o que deixará o PSDB no período nas vésperas do início da campanha. O MDB contém alas regionais que apoiam o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Temos que esperar uma homologação por parte da Executiva do MDB do nome da Simone. Amanhã (terça-feira) o MDB se reúne, delibera sobre essa questão, não deixando nenhuma dúvida quanto a sua candidatura para que depois a gente faça isso diante da Executiva (do PSDB)”, disse o secretário-geral do PSDB, deputado Beto Pereira (MS), ao Estadão.
Mesmo com o adiamento da reunião do PSDB, a Executiva do MDB vai confirmar, nesta terça-feira, 24, a pré-candidatura de Simone Tebet à Presidência. As alianças, porém, devem ser anunciadas mais adiante.
Simone ganhou o apoio do ex-presidente do MDB Romero Jucá (RR). “O MDB precisa ter a condição de colocar para a sociedade brasileira o que pensa e que defende na economia, na política, nos programas sociais. Partido que não disputa eleição não forma tempo”, disse Jucá.
O ex-sentido de possibilidade de o PSDB passará a ocorrer a pré-candidatura do Tebet, havendo divergências nesses partidos sobre os próximos. “O apoio do PSDB e do Cidadania é muito importante. Portanto, temos a construção de um caminho alternativo pela sociedade brasileira”, afirmou.
Há consenso dos Executivos do MDB e do Cidadania por apoio ao Tebet, mas um grupo do PSDB, composto pelos ex-presidentes do partido Aécio Neves e José Aníbal, ainda tenta fazer valer a ideia de candidatura própria tucana.
Aníbal citou Leite esso como opções, mas planeje que Tasso ainda precisa ser citado a disputaalto. Durante a reunião do partido na semana passada, o senador disse que “não está no presidente de vida” ser candidato e nem a vice de Tebet. “Tasso tem muita resistência e até resistência da família, mas vamos esperar”, afirmou Aníbal.
Já Araújo afirmou que o PSDB não deve ter candidato próprio à Presidência. “Claro que como presidente do PSDB eu gostaria muito que tivéssemos de candidatura própria, mas há algo maior do que tudo isso, há algo maior que a vontade Doria, algo maior que minha vontade”, disse em entrevista coletiva em São Paulo após o pronunciamento de Doria.
“O Brasil não precisa de mais divisão interna. O gesto de João Doria hoje nos obriga moralmente. Nos mostra que o está acima de tudo, e quem faz um movimento diferente desse está demonstrando que tem mais compromisso com o mesmo do que com um projeto do Brasil”, completou.
Araújo chegou a ser escolhido coordenador da pré-campanha de Doria, mas passou a trabalhar contra a candidatura presidencial do paulista. A avaliação é que a rejeição de planos de Doria atrapalharia de reeleição do governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), tiraria um tucano do comando do maior Estado do País.
Já o senador Relheiros (MDB-AL) minimizou o peso da eventual aliança do PSDB com Simone e disse que a legenda deve desenvolver o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou liberar os governos.
“O que significa o apoio do PSDB? O PSDB acabou de ‘cristianizar’ o candidato que legitimamente ganhou como antecipados”, declarou Renan ao Estadão, numa referência à resistência do ex-governador de São Paulo João Doria, após ser abandonado pelo partido. “Não tem nenhuma vinculação com essa questão de PSDB, de Doria. O MDB gostaria muito de ter um candidato competitivo, de modo a ajudar a alavancar os palanques estaduais. Qual o desafio? Mudar a fotografia das pesquisas. Se isso não acontecer, não se justificará a candidatura”, completou ele.
O presidente do Cidadania, Roberto Freire, afirmou que o grupo que rejeita uma aliança com Tebetitário e que uma aliança será anunciada formalmente amanhã.
“Nós resolvemos uma reunião e um espetáculo Esse gesto de João Doria tem a ver com o indicativo que foi feito, ele julgou que ser a favor do Brasil neste momento é retirar a candidatura dele. Não fez isso para nada, não, para que a gente continuasse discutindo candidato”, disse Freire ao Estadão.
Sobre a possibilidade de o PSDB ou o Cidadania indicarem o candidato a vice, o dirigente afirmou que o assunto ainda vai ser melhor debatido. “Quem é que está com vice? O tem Lula e que fez único por dentro que mal esclarecidas. Temos tempo”, declarou. O PSDB e a Cidadania vão ser uma federação, o que significa que precisam ter uma posição em todas as eleições nacionais, além de formar uma mesma estrutura e municipal por quatro anos de necessidade em agir só no Congresso.
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