A gigante canadense Brookfield contratada ontem compromisso de compra de 12 prédios corporativos da BR Properties por R$ 5,92 bilhões, na maior imobiliária dos últimos anos no País. Os Edifícios Edificados por São Paulo (8) e Brasília).
O pacote inclui funcionários conhecidos do mundo empresarial, como o Parque da Cidade e a torre B do JK Iguatemi, ambos na zona do complexo da capital paulista, e os Glória Manchete e Ventura, no centro do Rio. Ao todo, os imóveis quadrados têm 380 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), o que implica venda a R$ 15,6 mil por metro quadrado, na média.
De seis meses entre as companhias aéreas. A BR Properties viu a oportunidade de reduzir suas dívidas, que ficou caras após a subida da Selic. Hoje, a empresa tem R$ 2,1 bilhões de dívidas líquidas e R$ 860 milhões em caixa. “Com a possibilidade da taxa de juros, foi preciso ler a companhia e ajustar a estrutura de capital”, disse o presidente da BR Properties, Martin Jacó.
Segundo ele, a venda servirá também para destravar valor para os acionistas da BR Properties. O montante de R$ 5,92 bilhões a ser recebido por 12 prédios (cerca de 80% do seu portfólio total) é 36% maior do que o valor de mercado da empresa inteira na Bolsa, de R$ 4,36 bilhões, no fechamento de terça-feira.
A BR Properties vai permanecer com dois prédios corporativos e seis galpões logísticos. Após o negócio vir a público ontem, os papéis dispararam 6,7%, na contramão do mercado. O Índice Imobiliário caiu 3,5%, eo Ibovespa baixou 2,3%.
A operação ainda precisa ser aprovada em assembleia de acionistas da BR Properties e operação aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O pagamento será feito dessa forma: 70% após o fechamento e 30% nos 12 meses seguintes. Além de quitar, a BR Properties avaliará ainda mais e realizará novos investimentos, segundo seu presidente.
LIDERANÇA
Por sua vez, a Brookfield passará a aumentar de tamanho no mercado de escritórios, firmando a posição de líder do segmento. Atualmente, ela possui 1 edifícios em operação e desenvolvimento. A compra com a BR Properties foi a segunda grande tacada do grupo canadense em menos de um. Em outubro, ela adquiriu quatro prédios da Syn (antiga Cyrela Commercial Properties) por R$ 1,78 bilhões. A empresa não concedeu entrevista.
O presidente da consultoria SiiLA, Giancarlo Nicastro, disse que o negócio parece ter sido bom para ambas as empresas. “A BR Properties tem como estratégia reciclar constantemente o portfólio”, disse. “Do outro, a Brookfield capta recursos em lado no exterior e conta com o câmbio favorável. Ela está aproveitando isso para consolidar o mercado no Brasil.”
Nicastro os prédios de escritórios da mídia têm níveis relativamente altos de espaços (24,4%, em média). Mesmo assim, podem ser considerados bons ativos. “São prédios de qualidade, em bons prédios”, disse. “A tendência é se repararem nos próximos anos, junto com a economia.”
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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