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Mesmo depois de se recuperar da infecção do coronavírus, alguns pacientes continuam a se queixar de sintomas da doença e relatam perdas na qualidade de vida.
Atividades simples, como caminhar e lavar a louça, por exemplo, passam a se tornar desgastantes. Também há os que reclamam por não sentirem gostos ou cheiros da mesma maneira e os que passam a ter dificuldades para recordar informações.
A Covid longa ou síndrome pós-Covid ocorre quando sintomas desenvolvidos durante a infecção perduram após o fim da doença e é mais comum do que se imagina.
Pessoas com Covid longa costumam sentir:
- Fadiga;
- Falta de ar;
- Dores musculares;
- Dores articulares;
- Perda de olfato e paladar;
- Confusão mental.
Outros sinais menos frequentes são queda da oxigenação do sangue, palpitações e alterações vasculares.
“Os pacientes devem ficar atentos à persistência ou aparecimento de sintomas no período de até três meses após a infecção”, alerta o fisioterapeuta e pesquisador Gerson Cipriano Júnior. Ele conduz um estudo sobre reabilitação cardiorrespiratória no laboratório de fisiologia do campus da Faculdade UnB Ceilândia (FCE), no Distrito Federal.

Sem ter um nome definitivo, o conjunto de sintomas que continua após a cura da infecção pelo coronavírus é chamado de Síndrome Pós-Covid, Covid longa, Covid persistente ou Covid prolongada Freepik

Denominam-se Covid longa os casos em que os sintomas da infecção duram por mais de 4 semanas. Além disso, alguns outros pacientes até se recuperam rápido, mas apresentam problemas a longo prazo Pixabay

Um dos artigos mais recentes e abrangentes sobre o tema é de um grupo de universidades dos Estados Unidos, do México e da Suécia. Os pesquisadores selecionaram as publicações mais relevantes sobre a Covid prolongada pelo mundo e identificaram 55 sintomas principais iStock

Entre os 47.910 pacientes que integraram os estudos, os cinco principais sintomas detectados foram: fadiga, dor de cabeça, dificuldade de atenção, perda de cabelo e dificuldade para respirar Getty Images

A Covid prolongada também é comum após as versões leve e moderada da infecção, sem que o paciente tenha precisado de hospitalização. Cerca de 80% das pessoas que pegaram a doença ainda tinham algum sintoma pelo menos duas semanas após a cura do vírusFreepik

Além disso, um dos estudos analisados aponta que a fadiga após o coronavírus é mais comum entre as mulheres, assim como a perda de cabeloMetrópoles

Especialistas acreditam que a Covid longa pode ser uma “segunda onda” dos danos causados pelo vírus no corpo. A infecção inicial faz com que o sistema imunológico de algumas pessoas fique sobrecarregado, atacando não apenas o vírus, mas os próprios tecidos do organismo Getty Images

Por enquanto, ainda não há um tratamento adequado para esse quadro clínico que aparece após a recuperação da Covid-19. O foco principal está no controle dos sintomas e no aumento gradual das atividades do dia a diaGetty Images

Apesar de uma total recuperação da doença, estudos recentes da Universidade de Washington em Saint Louis, nos Estados Unidos, alertam que qualquer pessoa recuperada da Covid-19 pode sofrer complicações no ano seguinte à infecçãoGetty Images

Foram analisados os dados de 150 mil pessoas que tiveram o vírus para chegar às complicações mais comuns Getty Images

O risco de ter um ataque cardíaco, por exemplo, é 63% maior para quem já teve a infecção. A chance de doença arterial coronariana sobe para 72%, e para infarto, 52%Getty Images

Também chama a atenção dos cientistas o aumento da quantidade de pacientes com depressão e ansiedadeGetty Images

O estudo também registrou casos de Doença Arterial Coroniana, falência cardíaca, coágulos sanguíneos, batimentos irregulares e embolia pulmonarGetty Images
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Check-up
Mesmo que discretamente, os sintomas podem afetar a vida das pessoas, dificultando a realização de tarefas diárias simples. Por isso, especialistas recomendam que os pacientes tenham acompanhamento médico e façam um check-up anual.
Caso um novo sinal ou sintoma seja percebido, é necessário buscar um médico.
Tratamento
Para cada caso, há uma indicação de tratamento. De acordo com o pesquisador da UnB, programas de reabilitação multidisciplinares, baseados em exercícios cardiorrespiratórios, têm ganhado destaque nos estudos, com resultados favoráveis.
As pessoas que não tratam os sintomas correm o risco de agravamento da condição, o que reduz a qualidade de vida e, muitas vezes, provoca ansiedade. “Em última instância, os pacientes podem desenvolver comorbidades e/ou reduzir sua capacidade produtiva por causa da Covid longa”, explica Cipriano Júnior.
“A grande maioria dos pacientes se recupera. Os resultados preliminares do nosso estudo têm demonstrado progressos superiores àqueles observadas em pacientes com doenças cardiovasculares e respiratórias crônicas”, afirma o pesquisador.
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