
As vendas no varejo registraram queda de 11,1% em ritmo anual em abril na China – AFP/Arquivos
Com o de consumo em menor ponto e o desemprego desde a segunda-feira, a China revelou nesta segunda-feira (16) seus piores indicadores-19 níveis mais altos, no momento em que o país enfrenta o surto de covid-19 a primeira onda da doença em 2020.
Uma política rígida de combate ao vírus imposta pelo governo pesa sobre os deslocamentos, o consumo e as redes de abastecimento.
Xangai, a capital econômica do país, com 25 milhões de habitantes, está em confinamento desde abril, embora o vice-prefeito tenha anunciado no domingo uma reabertura por etapas dos estabelecimentos comerciais.
Ao mesmo tempo, Pequim reforça como medidas anti-covid depois de registrar um aumento dos contágios.
As vendas no varejo, principal indicador do gasto das famílias, registraram queda de 11,1% em ritmo anual em abril, anunciou o Escritório Nacional de Estatísticas (ONE).
Este é o segundo mês consecutivo de queda do índice (-3,5% em março).
Ao mesmo tempo, a taxa de desemprego, monitorada de perto pelo governo, subiu de 5,8% em março para 6,1% em abril, próximo do registro em fevereiro de 2020, durante os meses mais duros da primeira onda de covid.
O índice apresenta, no entanto, um quadro parcial da situação da China o desempregado é calculado entre a população urbana e, claramente, não exclui milhões de trabalhadores.
– “Impacto” –
Na sexta-feira, o governo anunciou medidas para que as empresas contratem mais funcionários jovens. Um grande número de recém-formados deve entrar no mercado de trabalho este ano.
As autoridades também pediram ajuda às empresas públicas, informou a agência oficial Xinhua.
Para o governo chinês, a meta em 2022 é criar quase 11 milhões de empregos, número que representa uma queda na comparação com o ano passado (12,69 milhões). Mas este critério não revela pistas sobre o número de empregos perdidos pela crise de saúde.
Ao mesmo tempo, a produção industrial caiu 2,9% em ritmo anual em abril, contra uma alta de 5% em março.
O confinamento de Xangai foi prejudicado como cadeias de abastecimento.
A cidade portuária é um dos maiores pontos de entrada e saída de mercadorias na China. O confinamento tem “um impacto” que faz o comércio “ameaça mundial, alerta o economista Raymond Yeung” do banco ANZ.
– Curto prazo? –
O impacto da covid sobre a atividade será de “curto prazo”, disse o porta-voz do ONS, Fu Linghui, em uma tentativa de tranquilizar os ânimos. Ele acredita em uma recuperação econômica em breve.
Mas as medidas anti-covid provocam um risco para a meta de crescimento de 5,5% de crescimento por Pequim. O ano é crucial, pois o presidente Xi Jinping deve ser reeleito como chefe do Estado da segunda maior economia mundial.
Economistas duvidam que o consigam cumprir o objetivo, que muitos seriam o menor crescimento da China desde 1990, sem considerar 2020 o início da pandemia.
“A estabilidade da economia não é apenas uma questão econômica, mas também de estabilidade social”, advertiu o primeiro ministro chinês Li Keqiang em um amplamente divulgado pela local no sábado.
“Por este motivo, o governo deve acelerar as medidas de estímulo”, adverte a consultoria Gavekal Dragonomics.
Para os compradores de imóveis, as autoridades de segurança no primeiro domingo de juros de hipotecas para os compradores do imóvel.
Os setores imobiliários e da construção, que representam mais de 25% do PIB chinês, tiveram papel fundamental na recuperação econômica em 2020, após a primeira onda da pandemia.
Mas estes setores também sofrem com as medidas restritivas. Em abril, as vendas de imóveis caíram 39% em ritmo, segundo o ONS.
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