O presidente Jair Bolsonaro está preocupado com a possibilidade de ter que vetar novamente o retorno do despacho gratuito de bagagem em voos no Brasil. A medida já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e será votada em breve pelo Senado.
Bolsonaro teme a impopularidade da decisão às vésperas do início de uma campanha eleitoral acirrada. O temor é que o veto dê ao ex-Lula, seu principal equipamento, munição para capitalizar sobre o alto preço das passagens.
Preocupado, o chefe do Palácio do Planalto pediu ao relator no Senado da Medida Provisória sobre o tema, Carlos Viana (PL-MG), que retirou a proposta do artigo que volta a proibir que malas despachadas em voos no Brasil tinham taxa extra.
Caso o texto acabe em suas mãos, o presidente da República admite que terá de barrar a volta da gratuidade no despacho de bagagem. Não seria a primeira vez que um veto do presidente sobre o assunto causa polêmica.
Em 2019, após um Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autoriza o início da cobrança de bagagem em voos no Brasil, o Congresso Nacional, por meio de medida provisória, retoma o despacho gratuito no país.
Na ocasião, o chefe do Planalto vetou o despacho gratuito. Não, Bolsonaro alegou que a gratuidade não tinha relação com o MP, ve que autorizava até 100% de capital estrangeiro em companhias aéreas no Brasil.
O veto do presidente acabou. O resultado, porém, foi apertado pela manutenção: 10 a menos do que o mínimo necessário para derrubar o veto.
A promessa dos defensores da cobrança pelo despacho de bagagens era facilitar a entrada das companhias aéreas baixo custo não Brasil. O argumento era que, em tese, a medida baratear o preço das passagens aéreas, o que não aconteceu.
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