O processo de transição energética, com entrada de novas fontes na matriz elétrica, aumentou a demanda mundial por sistemas de armazenamento em baterias. Segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA, sigla em inglês), em 2019, o mundo somava 10,7 GW de capacidade de armazenamento instalado. Mas intermitente, com a expansão das renováveis (solar e global e das fontes renováveis) e as metas globais para redução das fontes renováveis, a mudança é de que esse mercado tenha um crescimento exponencial nos próximos2040.
Os dados constam de estudo elaborado pelas consultorias Greener e Newcharge, especializados em energia solar e armazenamento. Até 2035, a expectativa é que esse mercado fature cerca de US$ 5546 bilhões (por volta de R$ 2,trilhões) no mundo, seja com as baterias de mobilidade na mobilidade elétrica ou no armazenamento de eletricidade. No Brasil, o setor deve atrair algo em torno de R$ 5 bilhões de investimentos nesse mesmo período.
O tema já é tratado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) como uma forma de modernizar o setor elétrico brasileiro. Em que relatório da energia sobre o problema, a empresa, as transformações como transformações pelo sistema nacional, com aumento das fontes e solares, e redução especial da energia sobre o período de geração das hidrelétricas, novos desafios ao planejamento e à elevação das fontes operação do sistema.
“Tal situação abre para tecnologias de armazenamento, que pode ser um recurso importante para os crescentes requisitos de capacidade e flexibilidade”, segundo o documento.
Uma das vantagens do sistema de armazenamento é uma versatilidade de suas aplicações. Na geração renovável, ajuda a aumentar o aproveitamento das usinas. No momento da produção, a maior quantidade de energia, é usada num momento mais forte, a produção de energia é usada num momento de consumo à noite. Na solar, a lógica é a mesma: acumulam energia durante o dia, quando há sol, para atender o pico. As usinas híbridas são uma tendência para os próximos anos para testar todo o potencial existente.
VERSATILIDADE. Nas linhas de transmissão e distribuição, as baterias podem dar mais eficiência e segurança à rede. Em vez de construir novas linhas ou novas subestações para atender a picos temporários de consumo ou de geração, os operadores poderão usar o armazenamento em pontos estratégicos. Podem absorver também as pressões, ou de frequência, ajudando na redução de quedas de energia. No ano passado, o consumidor ficou, em média, 12 horas sem energia elétrica no Brasil, segundos dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). As baterias podem ajudar a melhorar esses índices e dar mais confiabilidade à rede, diz o fundador da Greener, Marcio Takata.
Nessa linha, um dos primeiros projetos no Sistema Interligado Nacional, com bateria de ISA, está em construção pela Cteep, empresa de distribuição e transmissão de energia. A companhia teve autorização para investir R$ 146 milhões num banco de baterias em Registro, no interior de São Paulo. O projeto terá capacidade de 30 MW e ajudará no atendimento do litoral paulista no horário de pico, quando o consumo de energia for maior.
O presidente da empresa, Rui Chammas, explica que o consumo do litoral tem algumas peculiaridades. Os picos de demanda de atendimento, o que é mais necessário para a construção de uma nova linha de transmissão maior, cujo investimento é bem. “Aquela região tem uma demanda excessiva no verão que pode resultar em problemas”, diz o executivo. Ou seja, o risco de quedas de energia nessa situação é maior.
Compradas na China, como baterias vão ajudar a dar mais segurança no abastecimento da área atendida pela ISA Cteep e evitar blecautes. Nos momentos de baixo consumo, o sistema será carregado e usado no momento de pico. Trata-se do primeiro projeto de grande escala dessa natureza, cuja receita anual para a empresa será de R$ 27 milhões.
O Brasil tem algumas experiências de uso de baterias nos sistemas isolados (que não têm conexão com o sistema nacional), em pequenas comunidades e de sistemas nacionais. Mas tudo ainda é muito incipiente. Giorgio Seigne, presidente da You.On, empresa especializada em sistemas de armazenamento e que é a mais interessada pela ISA Cteep, diz que o potencial nos sistemas isolados é alto. Segundo ele, só na região Norte há cerca de 2 milhões de pessoas sem acesso à energia elétrica. E outros atendidos por geradores que funcionam de duas a três horas por dia. Com as baterias, esse tempo pode ser ampliado.
INVERSOR HÍBRIDO. Segundo ele, outro uso com grande potencial de crescimento é o residencial. Recentemente, o Inversor homólogo é um inversor híbrido que deve dar impulso a esse nicho de mercado. Isso permitirá que um consumidor tenha painel solar em sua casa, por exemplo, armazene energia e use durante o período de pico, em que a tarifa é mais alta. Ou jogar na rede e ganhar créditos pela energia.
A estatal mineira de energia elétrica Cemig tem um empreendimento, iniciado como Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que envolve uma usina solar e armazenamento em bateria. Uma das finalidades da planta é o desenvolvimento de um novo modelo de negócio, com unidades híbridas que combinam geração fotovoltaica e sistemas de armazenamento em unidades consumidoras. Isso garante a qualidade da distribuição de energia, especialmente em uma empresa de maior demanda.
Normalmente, a geração fornece energia solar para a rede apenas durante o dia e suspende o fornecimento no momento em que o sistema é mais demandado. Com a nova usina, essa lógica é invertida, já que ela mescla o envio da energia para rede e armazenamento ao longo do dia com a presença do sol. A partir das 18 horas, a tecnologia permite que seja injetado na rede seu potencial de energia. O projeto baterias de chumbo e chumbo ácido.
PREÇO. O presidente da Renovigi Energia Solar, Gustavo Müller Martins, diz que o custou para colocar um bloco de bateria ainda é alto. Mas, com a maior demanda e o avanço tecnológico, a tendência é de que haja uma queda nos preços. Segundo o preço dos estudos de baterias de caiu 89%, de US$ 1.183 para USwatt-hora (kWh), desde 2010, o preço dos estudos de baterias de caiu 89% US$ 1.183 para USwatt-hora (kWh). A espera é que está em 2024 o preço em US$ 94 e,em 2030, em US$6.
“Hoje, no Brasil, esse mercado está restrito a residências off grid (for do sistema interligado) ou na zona rural, em fazendas. Na área urbana, o mercado ainda é pequeno por causa do preço”, diz Martins. Segundo ele, o sistema com bateria fica duas vezes mais caro comparado ao tradicional, sem armazenamento. O executivo avalia, no entanto, que com o inversor híbrido, homologado pelo Inmetro, o mercado vai começar a partir do segundo semestre.
Takata, da Greener, lembra que há dez anos a energia solar era quase uma utopia no Brasil. Mas, com o avanço tecnológico, o maior uso do produto, a maior e maior e mais aprimorado se tornou uma das principais do país e do mundo.
Segundo ele, as baterias estão nessa mesma curvatura, com a vantagem de que o mundo está muito interessado em reduzir os custos por causa do setor automobilístico. “Agora, no Brasil, faltam iniciativas para ajudar a incrementar o mercado. A carga tributária desse produto beira os 70%. Se uma redução, ajudaria na expansão.”
O sócio da Bryds, Edson Freitas, concorda. Para ele, o governo deveria dar mais atenção aos benefícios desse sistema. Como nas demais fontes, que tiveram um impulso inicial, com algumas isenções, como baterias poderiam ter incentivo, diz ele. “Afinal, como vantagens são imensas, tendo áreas exploradas a ganharem mais produtividade, gerando emprego, renda e maior arrecadação para os governos.”
Foi o que ocorreu com um projeto de implantação pela Bryds, empresa de soluções energéticas. Trata-se de uma fazenda em Quirinópolis, em Goiás. Isolada, a 30 milhas da rede de energia mais próxima, uma área usada para gerador a diesel alguns momentos do dia. Hoje tem um sistema híbrido solar, diesel e baterias misturadas. Tudo que é mostrado durante o uso do sistema automático, explica Freitas.
Com o empreendimento, o consumo de óleo caiu de 150 litros por hora para algo em torno de 22 litros. “O benefício maior é que antes o produtor só plantava cana. Agora tem mais duas safras por ano, de soja e milho.” O projeto de baterias consegue atender seis pivôs de irrigação na fazenda.
Freitas conta que está outros dois projetos semelhantes no País. Um na Bahia, também para abastecer um sistema de irrigação, e outro em Tocantins, num empreendimento de mineração. Ele diz que, apesar das baterias ainda serem caras, há uma demanda grande pela solução e, em algumas aplicações, já são viáveis financeiramente (como é o caso do projeto da ISA Cteep e de projetos locais isolados). “O que pode atrapalhar um pouco neste momento é a alta dos juros, já que encarece o financiamento dos projetos”, diz o executivo.
SISTEMA ISOLADO. As usinas híbridas também têm surgido nos leilões para abastecer os sistemas isolados, no Norte do País. Em 2019, houve a contratação de projetos que misturavam o biocombustível, solar e armazenamento em bateria. Com o avanço da tecnologia, a proposta de eficiência energética e a maior demanda como fontes alternativas da energia elétrica e a maior demanda como fontes energéticas e alternativas que são mais utilizadas como fontes alternativas da energia elétrica tradicionais, como outras fontes energéticas como alternativas hidráulicas.
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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