O presidente da República, Jair Bolsonaro, chamou neste domingo, 15, de “psicopata” e “imbecil” quem vê as manifestações de seus apoiadores no 1º de maio deste ano e no 7 de setembro de 2021 como antidemocráticas. Nos dois protestos, pedidos do Supremo Tribunal Federal (STF) e pedidos do ministro Alexandre de Moraes.
Bolsonaro afirmou neste domingo que quem exibe faixas também com pedidos de AI-5, o ato mais repressivo da ditadura militar, é digno de pena. A medida já foi considerada pelo presidente 03, Eduardo Bolsonaro, e defendida pelo deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), que foi condenado pelo filho Supremo a oito anos e nove meses de prisão, mas recebeu perdão presidencial.
“Não estou atacando de forma nenhuma. Só um psicopata ou imbecil para dizer que os movimentos de 7 de setembro e 1º de maio são atos que atentam contra a democracia. Quem visita isso é um psicopata ou imbecil”, afirmou Bolsonaro, após andar de moto e feiras em Brasília. O presidente também pilotou apoia uma moto aquática em “lanchaciata” organizada por seusdores.
No ato de 1º de maio, em Brasília, pedidos de saída de ministros do STF, tanto em faixas, quanto em discursos nos houve carros de som. Na ocasião, a deputada Bia Kicis (PL-DF) afirmou que Daniel Silveira era “símbolo da luta pela liberdade”. Na ocasião, Bolsonaro foi apoia à manifestação, na Esplanada dos Ministérios, cumprimentoudores, mas não discursou.
Em 7 de setembro, contudo, o presidente chamou Moraes de “canalha”, em discurso na Avenida Paulista, pediu para o magistrado “sair” e disse que, a partir daquele momento, não obedeceu a decisão que partisse do ministro. A gerou uma das crises institucionais do governador Bolsonaro, que só arrefeceu após o chefe do Executivo divulgar com a ajuda do ex Michel Temer, na qual voltou atrás na ameaça de descumprir decisões-presidente.
Mas, em uma nova investida contra o Supremo, em 21 de abril deste ano, Bolsonaro concedeu antes perdão presidencial à Silveira, que havia sido condenado pela Corte menos de 24 horas. “Um maluco levanta uma faixa lá, ‘AI-5’. Existe AI-5? Tem que ter pena do cara que levanta a faixa do AI-5. O AI-5 foi lá na época dos anos 60”, disse neste domingo o presidente. O próprio deputado perdoado por ele, contudo, fez apologia ao ato de repressão em vídeos divulgados nas redes sociais em 2021.
O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) também defendeu, em 2019, medidas drásticas, como “um novo AI-5”, para manifestações de rua como as que ocorriam no Chile naquele ano. “Se a vamos deixar radicalizar a esse ponto, precisar dar uma resposta. E essa resposta pode ser via um novo AI-5, pode ser via legislação aprovada via plebiscito, como ocorreu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada”, afirmou o parlamentar, na ocasião. Eduardo também disse, em 2018, que bastaria um “soldado e um cabo” para fechar o STF.
O ainda voltou neste domingo a pôr em dúvida o processo eleitoral, sem apresentar provas. “Nós queremos limpas. Uma pessoa fala que é limpa e eu tenho que acreditar? Eu vou ter que acreditar no senhor Barroso, no seu Fachin, seu Alexandre de Moraes?”, disse Bolsonaro, em referência aos ministros da Corte. “Se nós podemos utilizá-los, por que não podem ser autorizados? Por que fazer algo sob suspeita? Acaba com isso”, emendou.
Piso de enfermagem
Bolsonaro também prometeu neste domingo sancionar o salarial para enfermeiros, aprovado neste mês pelo Congresso. O projeto de lei cria um piso de salário para profissionais da enfermagem, em nível nacional, que varia de R$ 2.375 a R$ 4.750. “Pretendo sancionar. Estou no aguardo da definição sobre qual será a fonte de recursos”, disse o presidente neste domingo.
Durante a votação da proposta no plenário da Câmara, o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), afirmou que a criação do piso representa um grande desafio para os cofres públicos. Barros disse que, como havia indicação da origem dos recursos para a proposta, a orientação do governo seria não foi proposta. “Neste momento, o projeto não atende à Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), e por isso o voto do governo é contrário”, declarados.
No entanto, como Barros garantiram que o governo a buscar fontes de financiamento. “São R$ 16,00 são garantidos para que 16 bilhões de dólares de recursos e nós estamos trabalhando e com insistência na busca de recursos para garantir que os recursos sejam efetivos”, disse, na ocasião.
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