Para algumas famílias do Distrito Federal, há uma simbologia diferente do Dia das Mães. Um dado representa uma saudade enorme que partiram em decorrência da violência. Desde 2015, quando entrou em vigor a Lei do Feminicídio – que criminaliza o assassinato de mulheres em razão do gênero – o painel da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) da capital do país registrou a morte de 108 mães, número que corresponde a 78,3% das vítimas.
O monitoramento do feminicídio no DF que a morte dessas mulheres deixou 262 órfões. Sobremesas 159 são menores de 18 anos. Cerca de 32% têm até 4 anos; 29%, de 5 a 9 anos; e 30%, de 13 a 17 anos. Idade materna é das crianças que tiveram a idade.
Saudade sem fim
Para os três filhos de Jaqueline dos Santos, 31 anos, a saudade perdura há 3 anos. Uma semana antes de comemorar o Dia das Mães, a mulher, que na época tinha 39 anos, foi morta pelo ex-companheiro com três fachadas, em maio de 2019.
As horas livres da gari eram dedicadas aos filhos, de 7, 14 e 21 anos, com quem costumava ir ao cinema, a parques e clubes. Segundo familiares, curta um dia de piscina com o caçula era um dos passeios favoritos da moradora de Santa Maria. “A vida da Jacque era os filhos. Ela não tem que faltasse nada para eles Era uma mãe muito carinhosa e amiga”, relembra a irmã da vítima, Tatiane Cristina dos Santos.

As horas livres da gari eram dedicadas aos filhos, de 7, 14 e 21 anos, com quem costumava ir ao cinema, a parques e clubes.Jacqueline Lisboa / Especial para o Metrópoles

Uma semana antes de comemorar o Dia das Mães, a mulher, que na época tinha 39 anos, foi morta pelo ex-companheiroArquivo Pessoal
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Ao metrópoles, Tatiane crianças as dificuldades para educar as crianças devido ao trauma. “Para a gente, é um baque. Todo dia, uma paulada. Somos presentes na vida deles, mas ninguém substitui o lugar da mãe. Eles não dormem, não se alimentam direito, acho que devido à falta dela”, afirmou.
Rosa Vermelha
Elizete deixou três filhos adolescentes, de 14, 16 e 18 anos, e uma criança, de 11. Segundo a filha mais nova, Esther Emanuelly, que a cozinha chamou de rosa vermelha, a mãe cuidava de todos igualmente e é lembrada de habilidades na mesma .
“Ela era quando, brincamos e também brincamos com a gente errada. Mas, depois, fazia um macarrão ao alho e óleo que todo mundo amava. Ela sempre nos dava o melhor”, relembra a menina.
Filha de Elizete, Jhennifer Érika, 16, conta que a mãe era uma inspiração de mulher e razão para viver. “Todo dia ela virava para mim e falou: ‘Minha filha, eu não posso te dar nada, o que posso deixar para você é o estudo’. Ela era a minha bússola, aquela que dividia um dom comigo e acreditava nos meus sonhos. Aquela pessoa que me ensinou a amar e me ensinou a ser a garota grata e feliz que sou hoje”, declara a jovem.

El aparece abraçada aos filhos na família de aniversário do primogênito Arquivo Pessoal

A auxiliar de serviços Santos de Jesus, El descrito por um dos filhos como “uma rosa com várias pétalas vermelhas, todas do mesmo gerais”Arquivo Pessoal
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Para Djemyson Erick Santos, 18 anos, a matriarca da família tinha como uma das principais qualidades ser obstinada. “Uma mulher batalhadora. Podia fazer ou ou sempre estava lá se chovendo sol, ela não deixaria faltar nada. Como mãe, ela era uma pessoa muito especial, super protetora e companheira nas horas precisas”, detalha ele.
Carinho de mãe
A família de Luciana Regina De Faria, de 46 anos, também sofre com a morte da mulher, vítima de feminicídio em setembro do ano passado. Diagnosticada com esquizofrenia, a moradora do Recanto das Emas desapareceu em 31 de agosto de 2021. O corpo dela foi localizado carbonizado em 10 de setembro, 10 dias após a família registrar boletim de ocorrência na delegacia.
Na época, Dryelle Sabrina De Faria Alves, 22 anos, filha de Luciana, contorno ao Metrópoles que a mãe era muito religiosa e gostava de conversar com todo mundo. Oito meses depois, ela relembra como ela era uma pessoa especial.
“O que posso dizer dela como mãe era o diferencial, pois ela era muito carinhosa e educada. Era uma pessoa muito inteligente e, para mim e para minha família, ela sempre será uma pessoa especial. Sempre vai estar em nossas lembranças”, conta Dryelle.

Luciana aparece ao lado da mãe, neto, irmã e da única filha Arquivo Pessoal

Ela era muito apegada ao neto Enzo José, de 5 anos Arquivo Pessoal

Diagnosticada com esquizofrenia, a moradora do Recanto das Emas havia desaparecido em agosto do ano passado Arquivo pessoal

De acordo com a família, ela era uma pessoa religiosa Arquivo pessoal
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Protetora
Sem dia em que a Lei Maria da Penha completou 12 anosem 7 de agosto de 2018, um policial militar matou a esposa Adriana Castro Rosa Santos, 40, e tire a própria vida, no Riacho Fundo II. Eles eram pais de um menino de 11 anos e uma menina de 8 anos.
Marcelo Adson, irmão mais novo da vítima, relata que “Di”, como era carinhosamente chamada, deixa uma saudade eterna que não passa. Como mãe, sempre foi amorosa e protetora.
“Ela foi em vida uma mãe maravilhosa para os dois filhos, os protegidos como puderam do pai. Ela não foi apenas a minha irmã, ela também foi desde minha mãe, pois, me criou o nascimento. É uma pena ela ter partido dessa forma tão brutal. Para nós, fica um vazio sem fundo”, conta Marcelo.

Adriana era mãe de duas crianças, um menino e uma menina Arquivo Pessoal

A dor da perda é vivida pela família da mulher desde 2018, quando ocorreu o casoArquivo Pessoal

O relacionamento entre Adriana e o ex-companheiro tornou-se abusivo quando ela decidiu iniciar o processo de separaçãoArquivo Pessoal

Para ela, a preocupação com o futuro da família e a carreira do companheiro eram maiores e acabaram silenciando-aArquivo Pessoal
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Denúncia
Polícia Civil do DF (PCDF):
Denúncia online: https://is.gd/obhveF
Telefone: 197, opção zero
E-mail: [email protected]
WhatsApp: (61) 98626-1197
Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF):
Telefone: 190
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