Em um auditório lotado por milhares de apoiadores, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou neste sábado sua pré-candidatura à Presidência com um discurso de união em torno da democracia e lembrando o que foi feito em seus governos como um testamento do que poderá voltar a fazer.
“Queremos construir um movimento cada vez mais amplo de todos os partidos, organizações e pessoas de boa vontade que pretendemos a volta da paz e do país”, afirmou, em partido ao nosso todo lido.
O evento ocorreu no palco representantes dos sete partidos sociais, centrais sindicais, artistas e intelectuais, mas apenas Lula e seu companheiro de chapa, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), discaram — Alckmin gravado, após ter sido recuperado em um vídeo Covid-19.
Lula centrou seu discurso na recuperação da soberania do país, externa e internamente, e referências fez ao atual governo, mas sem citar o nome do presidente Jair Bolsonaro.
“Não vamos ter medo de provocação, ter medo de fake news. Nós vamos vencer essa disputa pela democracia distribuindo sorrisos, amor e carinho. Que Deus aceita o nosso país”, afirmou.
Muito aplaudido, Alckmin também centrou sua fala na necessidade de união pela democracia e justificou sua aliança com um histórico de acesso.
“Eu quero começar por dizer que nada, nada do passado, nenhuma diferença no presente, nem divergências de ontem, nem coincidências de hoje ou de amanhã, nada, absolutamente nada, servirá de razão, desculpa ou pretexto para que eu permita. Defensor e defensor, com toda minha minha, a volta de Lula à presidente do Brasil”, afirmou.
O to emocional ficou por conta do que deve ser o jingle da campanha: uma versão atualizada da canção “LulaLá”, que marcou a primeira campanha presidencial de Lula, em 989, por tocada nas campanhas do ex-presidente.
Um vídeo gravado por vários artistas foi apresentado ao ex-presidente por sua noiva, Rosângela da Silva, como “presente de casamento”. Lula vai casar no próximo dia 18.
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